Todos
nós somos carentes de afeto, temos medo da solidão, de permanecer sem
amor, de sofrer. Mas porque será que este medo é tão forte e domina
tantas pessoas? Por que motivos temos tanto medo da solidão?
É
certo que quanto estamos sozinhos fazemos uma viagem ao nosso interior,
aos recantos mais secretos e também obscuros da alma. Nesta viagem,
percorremos vários caminhos, diversas estradas, algumas belas e
apreciáveis e outros trechos mais difíceis, perigosos, onde é necessária
coragem para aventurar-se.
Quando
estamos sozinhos fazemos um mergulho profundo para dentro de nossa
essência, para nossa verdadeira personalidade, que no dia a dia fingimos
que não existe, ou a deixamos escondida, pois vivemos no piloto
automático.
É
preciso ter coragem para percorrer o desconhecido, que muitas vezes
assusta...é preciso ter coragem de compreender porque alguns caminhos
estão sujos, são feios, Lamacentos, sem luz e brilho.
Assim,
essa viagem interior é cheia e emoções, de aventuras, tanto felizes
como tristes, mas certamente, ao final, ao superar este medo, o caminho
de volta torna-se mais claro e, a partir de então, permanecer com nossa
alma, em silêncio, será prazeroso.
Começamos
a viagem relembrando as coisas boas, colocamos tudo nos lugares,
passamos por locais onde tivemos alegrias, encontros com família, com
amigos, onde a felicidade manifestou-se. Situações que tivemos sucesso
pessoal, profissional, inclusive. Essa parte é agradável, é a lembrança
de tudo que passamos de positivo nesta vida e nos traz enorme gratidão.
Porém,
nesta viagem rumo ao nosso interior, há trechos sem asfalto, com pó,
aqueles que há muito tempo estão intocados, mas precisam ser limpos.
Muitas
vezes há pedras no caminho, que precisam ser removidas, ou seja,
sentimentos e emoções condensadas, gravadas em nossa memória celular há
muito tempo, e embora com consciência que atrapalham nosso caminho,
relutamos para removê-las, diante do receio à mudança.
Em
outras oportunidades, as descidas são íngremes, temos medo de não
voltar mais a viver de forma leve e tranquila, temos medo de sofrer
“para sempre”.
Quando
nos dispomos em curar determinado sentimento, é preciso senti-lo,
portanto, se em nosso interior a solidão é algo forte, ela que viemos
curar nesta encarnação.
Desta
forma, temos que senti-la e compreende-la. Somente curamos um
sentimento gravado a ferro e fogo em nossos registros akashicos quando
ele se manifesta, quando a dor ressurge, mas é nesse momento que
escolhemos. Aceitar com resignação, sem vitimização e fazer uma
autoanálise ou colocar-se na posição de vítima, achando-se um sofredor,
que não tem momentos felizes.
A
solidão não é curada com festas, com pessoas a nossa volta, com
relacionamentos, porque eles apenas escondem, remediam, ou seja,
disfarçam este sentimento.
Ao
tentar curar a solidão com carinho e amor de terceiros, vamos nos
desiludir, criando expectativas e esperando que o outro atenda todas
nossas necessidades e caprichos.
Entretanto,
tudo que é interno, o que pulsa em nosso interior, somente ali será
curado. Não encontraremos a cura fora, mas somente dentro.
Para
curar, precisamos de enfrentamento interno, ficar conosco, aceitar
nosso lado sombra, sem rejeitá-lo e compreender que ele precisa ser
amado para ser curado. É preciso dar amor para nossa essência, para
nossa alma.
Assim, os relacionamentos somente remediam a solidão, mas ela sempre se repetirá de forma cíclica até ser compreendida e aceita.
Além
disso, um relacionamento é apenas um aspecto de nossa vida, é uma gota
dentro de um oceano de possibilidades e necessidades evolutivas. Não
estamos aqui somente para ter um relacionamento e vivermos felizes para
sempre, inobstante isso COMPLEMENTE nossa felicidade e busca.
Nossa
encarnação é grandiosa, pois assim o somos. Tudo no Universo é
sincronizado, os encontros, reencontros, desencontros, as coisas
acontecem para cumprimento de nossa missão pessoal e coletiva, desta
forma, nossos objetivos de evolução são maiores e amplos.
Num
relacionamento saudável teremos um parceiro evolutivo, ocorrendo uma
troca mútua, rumo a elevação conscencial. São duas almas diferentes que
juntas estão aprendendo, ensinando, resgatando, mas possuem necessidades
e interesses evolutivos diversos. Não pode haver somente apego,
dependência emocional, suprimento de carência e solidão, pois isso além
de trazer frustração a ambos, desviará a atenção dos reais objetivos
encarnatórios.
É
latente a necessidade de compreender a origem da solidão, que pode
inclusive ser de vidas passadas e buscar tratamento, quando necessário
com o auxílio de um profissional capacitado. Existem diversas terapias,
cursos, formas de autoconhecimento a fim de trazer mais leveza e
felicidade para vida.
É
um grande desperdício da encarnação repetir os padrões internos
negativos, sem buscar entendimento, pois isso só nos torna mais duros e
solitários e sabemos que SOLIDÃO SE CURA COM SOLIDÃO.
http://www.luzdaserra.com.br/1892/solidao-se-cura-com-solidao/
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