segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A megacrise é de valores!




O materialismo está em crise. Atualmente, com exceção da China e da Índia, nações consideradas emergentes, os demais países, principalmente os de modelo capitalista do bloco ocidental, passam por uma crise social de valores ético-morais cuja situação agrava-se com a desestruturação do modelo econômico norte-americano que começa a atingir a economia de todas as nações.

Com a saturação dos modelos econômicos tradicionais que de uma forma ou de outra afetaram e continuam afetando a qualidade de vida dos cidadãos do planeta Terra, o homem começa a voltar-se para uma visão menos materialista de sua existência. E a busca de valores transcendentais que preencham o vazio ético-moral deixado pelo modelo consumista-materialista, representa nos dias atuais, a motivação maior da procura do cidadão pela espirituallidade em sua vida.

A humanidade, portanto, chega ao seu limite em relação a antigos padrões político-econômicos e, a partir dessa constatação, começa a procurar valores que transcendam a própria experiência que foi frustrante no sentido da possibilidade de desenvolvimento do potencial inerente a cada um de nós.

Valores materialistas, diga-se de passagem, que condicionaram gerações de humanos, ao promover em suas mentes, verdadeiras "lavagens cerebrais", supervalorizando o supérfluo em detrimento do profundo. O resultado desse processo que felizmente começa a dar sinais de esgotamento, começa a se manifestar à medida que o instinto de preservação do homem aponta para a necessidade de procurarmos alternativas de sobrevivência à crise atual, que não ocorre somente no âmbito da economia e da política, uma vez que esses símbolos representam o "carro-chefe" da decadência de valores ainda arraigados na consciência humana.

O espiritualismo, a partir do terceiro milênio, surge como uma alternativa onde o indivíduo possa encontrar valores para equilibrar a sua experiência na matéria. Valores que encontravam-se subestimados e negligenciados por um estado de coisas, mas que agora passam a ter a importância que o ser humano precisa para se sentir mais livre e leve na sua trajetória terrena.

Chegamos, na derrocada de um modelo econômico, à conclusão que o fardo da matéria estava muito pesado e que é momento da humanidade procurar alternativas que possam conciliar de uma forma mais humana, ética e justa para todas as nações, um novo modelo econômico que contemple a transparência de valores mais verdadeiros na relação do homem-matéria com o homem-espírito.

Com o surgimento da mega crise econômica, é chegado o momento do homem "cair em si" e projetar para o futuro, baseado nas iniciativas do presente, uma realidade mundial menos densa, pesada, conflitante e sofrida. Mas para que isso ocorra, os interesses devem ser comuns a todas as nações, e a riqueza obtida pelos lucros do novo modelo economico mundial, como fazia Cristo com o pão, repartida entre todos os povos. Somente assim chegaremos ao equilíbrio entre valores materiais e espirituais. Somente assim evoluíremos enquanto indivíduo, nação e humanidade.

"Vocês têm alguma coisa para dizer aos seus semelhantes? Eles o escutam. Mas antes de mais nada, nunca peçam para serem ouvidos. E muito menos para serem chamados de "mestres". Semeiem e isto já será bastante. Não procurem colher. A colheita talvez não seja sua. Apenas o sol e a chuva são decisivas para as germinações futuras". (Krishnamurti)

Flávio Bastos

Bons Olhos...



Hoje estava pensando como muitas vezes a gente reclama das coisas que nos acontecem, e perguntamos porque nessa ou naquela área das nossas vidas as coisas não fluem de acordo com o que acreditamos ser o normal...

Poucas vezes percebemos que, onde as coisas não estão fluindo.... e temos problemas, se escondem as maiores riquezas de aprendizado que vão nos proporcionar mais possibilidades de ampliar a consciência...

Se imaginarmos que desde o nosso nascimento em determinada família, os nossos amigos... e todas as pessoas e situações que atraímos para nossa vida, têm a configuração perfeita para a nossa evolução... isso nos faria olhar para tudo de forma diferente...
Algumas pessoas e situações nos facilitam o caminho com leveza... outras, no entanto, nos trazem sofrimentos que, muitas vezes, nos fazem sentir que somos vítimas daquelas situações... onde a única coisa que podemos fazer é reclamar...

Com certeza tudo seria mais fácil se olhássemos para nossos problemas... com outros olhos... como diria minha mãe, com bons olhos... e o que poderia parecer a princípio ser só negativo... passaria a ser visto como um desafio que vai nos fazer crescer... um campo fértil de aprendizado...

Geralmente medimos nosso sucesso ou insucesso... nas diversas áreas das nossas vidas, comparando com que é considerado normal, ou aceitável... temos modelos prontos de sucesso em todos os campos, e a tendência da maior parte das pessoas é querer se enquadrar nesses modelos...
Nos esquecemos que cada um de nós se expressa de forma única e que seria loucura tentar nos adaptar, seja em qual área for, a modelos prontos... Com certeza não caberíamos em nenhum, sem que para isso precisássemos nos encolher daqui.... nos esticar dali... eliminar umas coisas e acrescentar outras... sempre abrindo mão da nossa natureza... sempre abrindo mão da forma única e especial que cada um de nós tem de se expressar e de se relacionar com o mundo...

Hoje estava pensando nisso e pensando em como somos abençoados por ter a oportunidade de sempre poder escolher a cada minuto, que caminho vamos tomar... se vamos continuar reclamando por julgarmos que tudo que nos chega não é o que queriamos, ou se vamos agradecer pela infinita generosidade do Grande Mistério que dá a cada um... no dia a dia... a rica matéria prima que possibilita a evolução...

Podemos olhar para os problemas como tintas de cores que não nos agradam muito, mas que, se nos dispusermos a tabalhar com elas, misturando aqui e ali, vamos fazer obras de arte... ou podemos ficar reclamando que não pintamos porque não temos as tintas que queremos... e nos tornar vítimas que não tem outra saída a não ser reclamar...

Não sei se algo mudou mais um pouco dentro de mim, mas hoje eu consegui olhar para os problemas com bons olhos... e sentir mais profundamente a riqueza de aprendizado que nos chega sempre através deles... e me deu mais ânimo de trabalhar com essas situações sabendo que, só depende de mim... fazer disso tudo uma linda obra de arte... assim como a ostra faz a pérola...
E vi claramente a grande diferença que faz a maneira com que recebemos cada coisa... a forma com que olhamos para ela...
O Olhar que temos para as coisas que nos chegam a cada dia... determina em muito a qualidade das nossas vidas...

Não adianta olhar para o lado tentando comparar a nossa história com a história do outro... porque não existe uma medida que serve para todo mundo... cada um tem que encontrar essa medida no coração porque ela é única, assim como nós somos únicos. Somos todos um... nos expressando com singularidade.

Foi assim que hoje... senti uma grande disposição de mergulhar profundo nos mistérios que a vida me traz... de uma forma... ou de outra...

:: Rubia A. Dantés ::

A Nova Era começou. Vamos evoluir juntos?




Vivemos no momento histórico da Nova Era que começou. Um tempo efetivamente de mudanças radicais na Terra, não somente climática ou geográfica; mas, principalmente, transformações de valores humanos. Essa Nova Era começou na década de 70, mais acentuadamente a partir de 2011 e, a cada ano, com mais intensidade até o derradeiro ano de 2012, conforme tem sido informado por recentes mensagens canalizadas, coincidindo estas com previsões de antigos povos e com constatações científicas.
Nós estamos agora no meio de talvez o maior desses ciclos, um que acontece, segundo estimativas, só uma vez a cada 26.000 anos, e o calendário Maya prevê que o ponto crítico de mudança é 21 de dezembro de 2012, conhecida também na astrologia como Era de Aquário.

Toda a mudança energética que está sendo vivenciada pela Terra têm afetado intensamente todos os seres vivos. Tenho chamado esta influência energética de sintonização, que de uma forma concreta estamos sendo alvos, afetando e alterando o nosso código genético para nos tornar, coletiva e efetivamente, seres espirituais. Isso tem modificado a nossa freqüência, fato extremamente necessário para adequamos aos novos padrões energéticos que estão sendo formados e acelerados a cada novo dia, intensificando-se até o ano de 2012, quando, então, tudo leva a crer, somente conseguirá viver na Terra quem vibrar energeticamente de forma compatível com o planeta.

Nós temos seguido a conexão entre mudanças na ressonância vindas do centro da galáxia, com as mudanças no sol e com as mudanças na Terra. Isso segue para o coração humano, para o cérebro e depois para cada célula do corpo. Quanto mais você abre o seu coração, mais poderoso este fluxo fica e mais rápido você se sincronizará com as vibrações ascendentes e assim alcançará um estado mais alto de consciência. Se você fechar o seu coração e sua mente, você estará resistindo a estas mudanças e uma quantidade cada vez maior de sua energia será gasta nessa luta contra as mesmas energias que transformarão sua vida e o libertarão. Então, aceite o desapego, o novo, o instinto, o bem-estar, assim sua energia se concentrará e a vida irá oferecer seus méritos depositados com juros.

Os antigos sabiam destes grandes ciclos de mudança e todos os calendários antigos dos egípcios, dos Mayas, dos Tibetanos, dos chineses e de outros terminam no período em que nós estamos vivendo agora. O calendário egípcio data de aproximadamente 39.000 anos atrás e o Maya talvez 18.000 anos. O Maya disse que haveria um período de transição entre o velho e o novo mundo, à medida em que uma versão de tempo fosse substituída por outra. Eles chamaram esse período de "Sem Tempo" e eles disseram que isso vai começar em julho de 1982 e conduzir a uma mudança no dia 12 de dezembro de 2012. O efeito de tudo isso na humanidade é fácil de ver. A maioria ainda não despertou, mas os números estão aumentando dia-a-dia à medida em que este despertador espiritual tira as pessoas de suas preguiças.

É a aceleração da vibração da Terra, e da galáxia em geral, que está dando a impressão de que o tempo está passando cada vez mais rapidamente. Isso é uma ilusão porque, na verdade, não há nenhum tempo, mas nos sentimos dessa forma porque a freqüência está ficando mais rápida. Eu lembro que me foi dada uma comunicação canalizada por uma psíquica no começo dos anos 90, a qual disse que estava chegando o dia em que o tempo parecerá estar se movendo tão depressa que seria assustador.

O certo é que o nosso planeta cada dia não é mais o mesmo; nós, não somos mais os que fomos no dia anterior. Temos que ter consciência disso eprocurar aceitar e identificarmos com as novas freqüências energéticas. Claro que não concordo em pensar no final da vida no ano de 2012, pois o final dos tempos não acontecerá; mas pensar, sim, em novo começo de um planeta e de seus habitantes vivenciando uma nova freqüência energética é maravilhoso.
Uma nova Era desponta, renascendo a Terra, renascendo as pessoas, acordando os espíritos adormecidos na matéria-humana, ligando a Terra ao Céu, trazendo o Céu para a Terra. O sentimento verdadeiro para tudo que existe e o amor para o homem-espírito, novo habitante terreno.

Perdemos conhecimento desta Verdade profunda quando caímos no caos e na confusão, bebendo da fonte do esquecimento, e ficamos presos na consciência apoiada no medo de nossos egos humanos. A Era das religiões individuais aconteceu, agora iremos evoluir juntos.

Bem-vindos os seres renascidos... Escutem a Presença do EU SOU, meditem e estejam na natureza. Paz!

por Fatima Bittencourt - fatima@gruposanare.com

Como está o seu mundo?




Esta semana, no Grupo de Meditação que conduzo às quartas feiras no meu espaço, recebi uma canalização de Mestra Portya, divina consorte de Saint Germain, e o tema por ela abordado foi justamente o Karma, e a reflexão de que somos o nosso karma. Veja bem, amigo leitor, que ela não falou que vivemos o karma como algo externo. Ela deixou muito claro que somos o nosso karma.

Sei que muita gente ouvindo isso pode pensar que isso não é totalmente correto, tendo em vista que nesta vida não fez nada para merecer os infortúnios que tem enfrentado; sendo assim, é mais uma vítima do destino do que um agente kármico.

Muitos de nós ainda se acreditam impotentes e olham a vida como algo muito difícil, ruim. Pode ser, inclusive, que veja as pessoas e condições à sua volta como complicadas e sofridas. Claro que essas percepções não são de todo erradas, pois cada um sabe do seu sofrimento. Mas, apesar disso, precisamos tentar nos colocar acima dos cenários que nos envolvem. Somos mais do que o sofrimento. Aliás, como ensinam os Mestres, quando conseguimos compreender melhor quais as lições que a vida está nos trazendo, nos libertamos.

Lembro que na primeira vez que ouvi dos Mestres da Fraternidade Branca a afirmação de que você faz o seu destino, achei aquilo quase que fantasioso. Como que alguém pode fazer o seu destino? Quantas coisas já trazemos traçadas de outras vidas? Quantas experiências não dependem de nossa vontade?

Com o tempo, fui compreendendo que fazer o destino significa abrir-se às lições. Significa nos colocar com a mente e o coração abertos no momento em que algo difícil nos acontece, e perguntar a Deus:

Senhor, o que tenho que aprender com tudo isso que me acontece? O que devo mudar? O que posso fazer para tudo ser diferente?

Percebi que agindo assim o karma se desprende de dentro de nós e podemos até percebê-lo como uma energia, como de fato é. Karma é vibração, sentimento, emoção. Por isso quando brigamos com alguém da família, sentimos aquela raiva, ou aquela dor quando a pessoa se aproxima, sentimos que a qualquer momento a pessoa fará algo que vai nos irritar, ou vai comentar alguma coisa que vai nos chatear. E dito e feito porque com certeza a situação se apresentará exatamente como você previu. Isso é karma... Você sabe identificar os fatos, e muita gente passa por isso todos os dias. O difícil é sair, mudar a situação, mudar a energia já que nem tudo depende de você.

O fato mágico de tudo isso é que podemos, sim, mudar. Quando mudamos nosso pensamento e começamos a vibrar diferente, tudo muda. Quando não reagimos ao mal com outro ato maligno, estamos afrouxando os nós. Por isso, é tão importante as orações pessoais e em grupos; por isso, precisamos tanto mergulhar nas terapias, procurar nossa cura energética, aprender mais sobre vida espiritual, pois à medida em que vamos incorporando em nossa vida diária esses conceitos vamos mudando tudo.
O fundamental é praticar, mudar nosso mundo e sair da condição de vítima. Por mais complicada que seja a sua situação, tenha coragem de mudar, afinal o mundo é seu. Como dizem os Mestres: a percepção da paisagem está nos seus olhos!

Confira outros segredos acessando meu Blog: http://mariasilviaporlovas.blogspot.com/

Confira os ensinamentos e meditações curativas que Maria Silvia ensina participando de um dos seus grupos.
Venha participar do seu Grupo de Meditação Dinâmica que acontece todas as quartas-feiras no seu espaço em São Paulo. Venha ouvir pessoalmente as canalizações.

por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br

Como ver luz na sombra




Nada é totalmente negativo. Há pouco tempo, perguntei ao meu mestre, Lama Gangchen Rinpoche, o que ele achava sobre a previsão do calendário Maia que vê o final do ciclo atual no ano de 2012, quando tudo se extinguirá para o início de uma nova era: um período de regeneração, com o surgimento de tecnologias não-materialistas e ecologicamente harmônicas. As previsões maias dizem que mudanças climáticas e geográficas vão começar a ocorrer, e que em 2012 entraremos num período de grande paz.

Rinpoche disse que já havia ouvido falar sobre esta previsão, e que gostaria até mesmo de concordar com ela, mas a natureza da realidade relativa é sempre dual: o positivo e o negativo estão sempre presentes.

Desde que escutei este comentário de Lama Gangchen Rinpoche, tenho procurado reconhecer o a natureza positiva das situações extremamente negativas. Busco fazê-lo sob uma leitura justa da realidade e não como o "jogo do contente" conhecido pela história de Polyana, que buscava ver sempre o lado melhor das coisas, iludindo-se sobre a realidade.

Quando algo negativo ocorre inesperadamente, inevitavelmente passamos por um período de choque paralisante no qual dificilmente podemos perceber como aquela situação caótica poderá nos trazer algo positivo.

Mas, depois de superado o choque, quando já temos condições de olhar para trás e analisar o caminho desde então percorrido, podemos avaliar como este fato aparentemente terrível foi capaz de catalisar acontecimentos muito positivos. Afinal, graças a ele conexões positivas foram ativadas, como contatos com pessoas capazes de nos trazer novas forças, um novo olhar sobre a vida.

Desta forma, podemos reconhecer a presença do positivo diante de um inesperado negativo, isto é, podemos incluir em nossa consciência a percepção de que nada é totalmente negativo. Desta forma, começamos gradualmente a relaxar para encontrar uma condição mais suave diante de uma crise aparentemente aguda e sem saída.

Recentemente, ao visitar uma amiga muito querida que sofreu um forte AVC, percebi esta capacidade de nos soltarmos diante da dor. Apesar de todas as dificuldades, no momento em que não estávamos mais julgando a situação como certa ou errada, encontramos espaço para relaxar e sentir o amor de nossa amizade: choramos juntas a dor presente naquele momento. Depois ela me disse: É tão bom poder me sentir inteira nas emoções.

Diante da precariedade, há uma força natural que ajuda a nos manter de pé e seguir em frente.

Se você quiser saber mais sobre estas previsões de 2002 a 2013, consulte o item Nova Era na página do site www.jornaldaserra.com.br. Mas o ponto que eu quero ressaltar neste artigo é sobre a importância de sabermos reconhecer a natureza positiva diante da negatividade, a luz diante da escuridão..

:: Bel Cesar ::

O medo da mudança



O Universo move-se em permanente mudança. O fluxo ininterrupto da vida tem sua expressão mais perfeita no alternar do dia e da noite e na seqüência das estações.

O homem, como parte integrante do Universo, também tem sua vida regulada por ciclos alternados de prosperidade e escassez, movimento e paralisia, alegria e tristeza.

Porém, esta verdade tão simples e natural parece, muitas vezes, tão difícil de ser compreendida. Os seres humanos estão permanentemente tentando estruturar áreas de sua vida sem aceitar a possibilidade da mudança.
Todos queremos segurança. Existe algo dentro de nós que tenta reprimir e moldar nossas experiências transformando-as numa unidade cristalizada.

Essa tentativa de estruturar a natureza é absolutamente ineficaz, pois não existe qualquer garantia com relação ao que irá ocorrer amanhã, tudo muda. Temos a esperança de que uma vez que tenhamos garantido nosso relacionamento, nossa carreira, nosso casamento, todos os nossos temores irão imediatamente desaparecer.

Mas a intenção de realmente transformar essas coisas em estruturas permanentes é o que provoca um sentimento de ansiedade e medo, e conseqüentemente, de dor. A dor é inerente ao processo cumulativo, ao medo de perder o que construímos pacientemente no decorrer de anos.

Muitas vezes, diante do inesperado, do inexorável girar da roda do destino, perdemos totalmente o chão e nos colocamos como cegos, sem qualquer luz que nos aponte uma saída. E é aí, nesse momento, que temos de encontrar, em algum lugar dentro de nós, uma força que será capaz de reacender a luz.

Esta força é a fé. A fé que não requer raciocínio, condições e nem mesmo qualquer tentativa de pensamento. Por mais que duvidemos disso, esperar que algo aconteça precipita sua realização.

A sorte que acompanha as pessoas bem sucedidas é que elas simplesmente não admitem a hipótese do fracasso. Este é o segredo do seu sucesso. Na linguagem psicológica, diríamos que uma pessoa atrai experiências felizes para sua vida por meio de um processo inconsciente que é ativado através da expectativa de que irão ocorrer.

Do ponto de vista da astrologia, as energias planetárias relacionam-se simbolicamente aos nossos processos internos. E, na carta natal, a casa em que está localizado o planeta Saturno representa a área da vida em que mais se manifesta nossa resistência às mudanças.

Isto porque Saturno, chamado de Senhor do Carma porque distribui justiça e ensina com a experiência, se identifica com o medo, o apego e com a sensação interior de falta de sorte. A presença de Saturno representa a área do mapa na qual as pessoas estão sob controle, em que não parecem ser capazes de relaxar e permitir que o fluxo natural da vida ocorra.

A base da dependência de alguma coisa ou de alguém é o medo. Sempre que existe um investimento emocional em algo, a pessoa passa a depender do sucesso. Quanto mais segura as rédeas, mais insensível se torna às falhas e imperfeições humanas, e mais aumenta seu horror ao fracasso. Este é Saturno em seu pior aspecto.

Todo esse autocontrole bloqueia o fluxo da vida e ficamos com medo de ter medo. Não é o medo em si que causa o problema. É a relutância em admitir que estamos com medo.

A consciência de que as mudanças são parte indissociável da existência humana traz, como conseqüência, a convicção de que os obstáculos e dificuldades, por pior que se apresentem, inevitavelmente passarão.

:: Elisabeth Cavalcante ::