quarta-feira, 30 de julho de 2008

A chave da felicidade



“Acho que sou feliz.Eu quero tudo o que tenho,só desejo o que posso E sou da minha idade.Será isso a tal felicidade?"Climério Ferreira - poeta e compositor piauiense.

É incrível como aqueles que vivem conectados plenamente com sua sensibilidade e atentos aos pequenos detalhes que compõem a riqueza da vida, como os artistas, acabam por contatar a sabedoria divina que habita neles, sem que façam qualquer esforço neste sentido.


Os versos acima, escritos por um poeta e compositor popular, revelam em poucas palavras os ensinamentos que os Mestres espirituais têm transmitido ao longo de muitos anos.

Expressam de modo simples e objetivo o segredo para se alcançar a felicidade, que nada mais é do que aceitar tudo o que possuímos e recebemos da vida, como um bem precioso.


Ao invés de renegar o que a existência nos atribui, devíamos querer exatamente o que recebemos, desejar apenas o que está ao nosso alcance e vivenciar nossa idade cronológica de modo natural.Numa época em que muitos correm atrás da eterna beleza física, - como se somente ela simbolizasse o sentido da palavra juventude -, e se recusam a aceitar que o tempo passa, assumir a idade que se tem de modo sereno é uma conquista ao alcance somente daqueles que já alcançaram um grau considerável de consciência, e já não se deixam arrastar pelos apelos da massificação.


De acordo com os ensinamentos do budismo, o desejo é a fonte de toda a infelicidade, pois ele nos torna eternamente insatisfeitos com aquilo que possuímos, e leva-nos a criar um novo desejo tão logo alcançamos algo pelo qual tenhamos ansiado intensamente.Naturalmente isto acontece porque vivemos em função da mente, cuja principal característica é criar desejos, expectativas e metas a serem atingidas, e colocar a nossa chance de felicidade sempre no futuro.


Enquanto corremos atrás de tudo aquilo que ainda não possuímos, o valor do que já está ao nosso alcance passa despercebido, na maior parte do tempo.Conquistar um estado de Ser espontâneo, autêntico e natural, é viver o momento presente de maneira total, focando-se naquilo que acontece nesse exato instante, ainda que nele estejamos sofrendo alguma dor ou tristeza. Vivenciar plenamente o agora é assumir essa tristeza, mas não se apegar a ela de modo patológico, ou enxergá-la como nossa única condição de vida.É possível descobrir na tristeza e na dor uma nova consciência, a de que a existência é uma imensa colcha de retalhos, que vamos compondo com pedaços belos e outros nem tanto.


Mas todos, juntos, formam um rico painel, composto não só de cor como de sombra. Sem qualquer um deles, o resultado não seria o mesmo e certamente ficaria incompleto, e nos impediria de compreender o real significado da palavra Todo.“Até agora, você viveu de um determinado modo - você não gostaria de viver de um modo diferente? Até agora, você pensou de um certo modo - você não gostaria de vislumbrar novas perspectivas? Então fique alerta e não dê ouvidos à mente.A mente é o seu passado, tentando, constantemente, controlar o seu presente e o seu futuro.


É o passado morto que continua a controlar o presente vivo. Simplesmente fique alerta com relação a isso.Mas qual é o caminho? Como a mente continua a fazer isso? A mente o faz com o seguinte - ela diz: ‘Se você não me der ouvidos, não será tão eficiente quanto eu. Se fizer uma coisa habitual, poderá ser mais eficiente, porque já a fez antes. Se fizer uma coisa nova, você não poderá ser tão eficiente’. A mente continua a falar como um economista, um especialista em eficiência.Continua a dizer: ‘É mais fácil fazer isso assim. Por que fazer do modo mais difícil? Siga a lei do menor esforço’.Lembre-se: sempre que você tiver duas coisas, duas opções, escolha a nova. Escolha a mais difícil, escolha aquela que exigirá maior consciência.


Em vez da eficiência, escolha sempre a consciência. Assim, você criará a situação ideal para a meditação. Tudo isso são apenas algumas sugestões; a meditação acontecerá - não estoudizendo que apenas por realizá-las você entrará em meditação,- mas elas serão úteis: produzirão em você a condição necessária, sem a qual a meditação não pode ocorrer.Seja menos eficiente, porém mais criativo. Deixe que esse seja o estímulo.


Não se preocupe muito com fins utilitários. Em vez disso, lembre-se constantemente de que você não está aqui na vida para se tornar uma mercadoria. Você não está aqui para se tornar algo útil; isso seria pouco digno. Você não está aqui para se tornar cada vez mais eficiente. Você está aqui para se tornar cada vez mais vivo; você está aqui para setornar cada vez mais inteligente; você está aqui para se tornar cada vez mais feliz, extasiantemente feliz. Mas isso é totalmente diferente dos caminhos da mente”.


OSHO – Criatividade.



Meditação desacelera avanço da Aids, diz estudo

Maggie Fox

A meditação pode brecar o avanço da Aids depois de apenas algumas semanas de prática, talvez por ter influência no sistema imunológico do paciente, afirmaram pesquisadores norte-americanos na quinta-feira.

Se confirmada em estudos mais amplos, a descoberta poderia oferecer uma alternativa barata e agradável para ajudar as pessoas a enfrentar essa doença incurável e muitas vezes fatal, disse a equipe de cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Os pesquisadores testaram um programa de combate ao estresse chamado meditação de foco, definida como a prática de uma postura receptiva ao presente, sem se preocupar com o passado e o futuro.

Quanto maior a frequência com que os pacientes meditavam, mais altas suas contagens de células CD4 - uma medida padrão para se saber a eficiência com que seus sistemas imunológicos combatiam o vírus da Aids. As contagens de CD4 foram feitas antes e depois do programa de dois meses.
"O estudo fornece os primeiros indícios de que o programa de administração de estresse conhecido como meditação de foco pode ter um impacto direto quando se trata de brecar o avanço da Aids", afirmou em um comunicado David Creswell, que comandou o estudo.

A equipe examinou 67 adultos HIV-positivos da área de Los Angeles, 48 dos quais realizaram algum tipo de meditação. A maior parte deles tendia a conviver com rotinas bastante estressantes, afirmou Creswell.

"A maioria dos participantes do estudo era do sexo masculino, afro-americanos, homossexuais e desempregados e não estavam tomando remédios anti-retrovirais", escreveram os cientistas na revista Brain, Behavior, and Immunity.

As aulas de meditação incluíam oito sessões semanais de duas horas cada uma, um retiro de um dia e uma sessão diária a ser realizada em casa. "As pessoas que tiveram essas aulas empolgaram-se de verdade e realmente gostaram do programa", afirmou Creswell. R:Fotografia2008Carolina Becker080725tratadas "O programa de meditação de foco é um tratamento de baixo custo baseado em grupos e, se as descobertas iniciais forem confirmadas em pesquisas mais amplas, é possível que tal treinamento possa ser usado como um complemento eficiente no combate à Aids", acrescentou.