terça-feira, 26 de abril de 2011

Irradie luz


Sempre ouvi dizer que há muitas portas psicológicas para serem escolhidas durante a vida. Tais aberturas estão à nossa disposição nas diversas situações (complexas e simples) em cada desafio pessoal. Cabe-nos escolher a mais segura para adentrarmos os seus umbrais, mas nenhuma escolha é fácil, talvez, por isso, quase sempre, escolhemos erradadamente.

Se você não sabe por qual delas passar, sugiro ficar diante de alguma(s) e fazer as seguintes reflexões: aonde esta porta vai me levar? O que vou querer depois de atravessar os seus umbrais? Quem, ou o que, me espera lá dentro?

Acredito que uma boa reflexão antes de qualquer escolha nos dá uma certa vantagem para selecionarmos bem o melhor para nós. Uma coisa importante na hora de escolher é ter coragem para decidir, sem titubear, assumindo riscos. Se estiver errado, você saberá dar meia volta e volver. É possível que o caminho de retorno seja mais longo e áspero, mas é melhor voltar do que continuar na decisão errada.

Para conturbar as nossas escolhas, os inimigos astrais conseguem nos influenciar com métodos escusos e tenebrosos, que envolvem lavagem cerebral e programações hipnóticas poderosíssimas a fim de inibir ou neutralizar a nossa vontade. A sua forma de ataque é muito perversa, incluindo procedimentos de guerra altamente treinados e sofisticados, como: observação, controle, implantação, falsas crenças, roubo de energia e morte.

Os guerreiros das trevas aplicam engodos milimetricamente arquitetados com base em todas as informações obtidas da própria vítima e destroem-na sem dó nem piedade, objetivando deixá-la, literalmente, na lama. Trata-se de egrégoras poderosas que agem em bando sem o menor pudor e sem qualquer misericórdia.

Ao adentrarmos a porta psicológica selecionada, devemos ter muita força (orai) e cuidado (vigiai) para enfrentar os desafios do mundo físico e extra-físico. É preciso ainda ter muita força de vontade e discernimento para não se enveredar pelos caminhos dos enganos urdidos pelas forças tenebrosas.

Não adianta, entretanto, ter determinação e continuar pactuado com situações, energias, seres e locais traumáticos ou traumatizados pelas nossas ações. Pois, isso só nos manterá presos às realidades passadas que não vão permitir a nossa continuidade no fluxo da existência, em busca de outras experiências e de outras modalidades de desafios, capazes de nos fornecer melhor entendimento sobre a nossa condição de seres eternos.

Não serve avançar dois passos e retroagir quatro outros simultaneamente, já que, dessa forma, a pessoa nunca sairá da posição onde se estagnou, não podendo, portanto, buscar a sua verdadeira realização. Os travadores psicológicos e emocionais estão dentro de cada pessoa. São eles que obliteram a nossa visão e nos impedem de seguir a jornada livres de medos, culpa, remorsos ou apegos excessivos.

Penso que seja necessário, urgentemente, cada indivíduo tentar remover os tais obstáculos astrais, emocionais e psicológicos a fim de possibilitar-lhe uma caminhada mais leve e menos sofrida. Quando eles forem destruídos, as forças externas não encontrarão chance de atuar veementemente sobre nós e acabarão nos deixando livres para seguir. No entanto, estas consciências macabras estarão sempre à espreita, buscando uma única brecha para adentrar e destruir o nosso império espiritual. Por isso, todo cuidado é pouco.

Nossas células ativam o propósito divino das realizações em toda a vida e possibilita que todos entendam os sagrados mecanismos dinâmicos da essência, em forma de existência, das nossas verdadeiras conexões (luz e trevas). A humanidade precisa entender o quanto é valiosa para os dois lados, em constante conflito, e como ela é subjugada por seres de propósitos escusos, visando a escravizar, sugar energias, deprimir a mente, iludir as emoções e tantos outros processos ardilosos.

Ninguém precisa acordar, pois a grande maioria não está disposta a recobrar os sentidos (infra) dimensionais. Entretanto, é importante dizer que muitos estão imersos num oceano de ilusões, recheado de perigos suficientes para mantê-los escravizados mental e espiritualmente por milhões de anos.

Em toda a criação há muitos perigos escondidos, os quais, muitas vezes, nos iludem e, em outros momentos, a eles nos associamos. Quando nos damos conta, já é tarde demais para deles sairmos ilesos. Dessa for,ma, todo o cuidado é pouco diante dos percalços e dificuldades na jornada infinita a qual estamos fadados a seguir.

Nesta caminhada, precisamos agir como motoristas prudentes que prestam atenção em todas as esquinas e vielas, atendendo aos alertas das placas e dos semáforos. Assim, teremos chance maior de chegarmos ao destino pré-estabelecido.

Alguns humanos vivem como se nada estivesse a acontecer consigo, ou ao seu redor. Mas, nas dimensões astrais, podem temar conhecimento do turbilhão de conflitos, dúvidas (embora não se lembrem quando estão no corpo físico) e questionamentos insuflados em toda a manifestação da 3D, com o objetivo de minar as verdadeiras crenças e as realidades individuais.

No processo de escolha, a sensação de muitos é, possivelmente, de incompletude, de vazio ou de impotência perante os mistérios da existência em todos os níveis, pois toda opção envolve uma perda, inexoravelmente. Os prazeres terrenos, os (supostos) amigos, o trabalho, a novela, as festas, o futebol, entre outros, iludem os sentidos e as emoções com grande facilidade. Assim, muitas pessoas permanecem na 3D sem dificuldade, porém, incompletos.

Desejo que a Grande Força do Criador dos Mundos acenda em todos a vontade de questionar e de se incomodar com o sofrimento, com a tristeza, com a fraqueza, com as ilusões, com os medos, com as culpas, com os flagelos para que, desses aprisionamentos, os seres humanos se libertem por todo o eterno agora.

Que a grande presença do Eu Sou irradie luz a todos os seres do Universo e permita o fim de todas as formas de controle e escravização. Adonai Tsebaioth

por Gesiel Albuquerque - blogdogesiel@
hotmail.com

Instrumento de Paz


O chamado deste momento é um chamado de paz. Em minhas meditações da manhã, posso ouvir o clamor por paz, num mundo sem paz - não apenas pelo fim do conflito, mas por uma tranqüilidade e calma interior profunda que todas as almas lembram como nosso estado original.

Se quisermos encontrar a paz, devemos primeiramente ensinar a nós mesmos como nos tornarmos silenciosos e, então, podemos nos tornar pacíficos. Tornar-se pacífico significa controlar as rédeas da mente descontrolada e fazer com que os pensamentos fugidios parem. Quando tivermos a atenção da mente, poderemos começar a persuadi-la a nos levar para o silêncio, um silêncio verdadeiro; não o lugar sem som, mas o lugar no qual temos um profundo sentimento de paz e uma consciência total do nosso bem-estar.

Não é uma mente vazia que nos mostra esse estado de paz. Para entrarmos nesse estado de silêncio profundo, devemos treinar o intelecto para criar pensamentos puros e bons. Devemos treiná-lo a se concentrar. Nossos pensamentos inúteis são uma carga sobre nós. Nossos hábitos de criar pensamentos demais e palavras demais cansam o intelecto. Devemos nos perguntar: "Como posso cultivar o hábito do pensamento puro?".

Quem é que deseja entrar no silêncio? Sou eu, o ser interior, a alma. Quando me desapego do meu corpo e das coisas físicas e me afasto das distrações do mundo, posso me voltar para dentro, para o ser interior. Como um lago perfeitamente calmo quando todos os sopros de vento param, o ser interior brilha, refletindo silenciosamente as qualidades intrínsecas da alma. Sentimentos de paz e de bem-estar atravessam minha mente e, com eles, pensamentos de benevolência.

Eu abandono todos os pensamentos de descontentamento e sou lembrado de meu estado mais antigo, mais intrínseco. Lembro-me dessa calma interior. Embora não tenha estado aqui recentemente, lembro-me disso como minha consciência mais fundamental, e um sentimento de felicidade e contentamento transbordam dentro de mim. Nesse estado sei que cada alma é minha amiga. Sou meu próprio amigo. Estou profundamente tranqüilo. Estou silencioso e completamente em paz.

Esse poço profundo de paz é o estado original da alma. Quando estou nesse estado, sinto a corrente de amor pela humanidade e sinto um estado mais elevado do que aquele que eu chamaria normalmente de felicidade, um estado de bênção. É quando atinjo esse estado que algo verdadeiramente miraculoso pode acontecer. Quando estou nesse estado de consciência de alma completa, torno-me consciente de que outra energia está começando a fluir dentro de mim. Sinto uma força e um poder tão expansivo que, nesse momento, sei que não há nada que não possa fazer, nenhum lugar que não possa alcançar.

Quando isso acontece, estou sentindo a conexão com a energia divina e a corrente do poder de Deus em meu ser interior. Se eu permanecer concentrado internamente, conectado com essa corrente de poder divino, até o modo de utilizar os sentidos físicos será diferente. Quando eu olhar para o mundo, verei através de minha natureza original de benevolência e sentirei compaixão pelo mundo.

É nessa experiência que eu sei o que é o poder do silêncio. É esse poder que me transforma internamente, tornando-me puro e poderoso. Quando a alma e Deus estão juntos, há um poder que me atinge e então atinge os outros invisivelmente, realizando a transformação neles, na natureza, e no mundo.

O segredo desse poder do silêncio é que não tenho de fazer o trabalho da transformação. O poder divino transforma automaticamente. Deixe que eu faça o trabalho interno. Deixe que eu entre profundamente nessa experiência do estado original do eu, e que haja silêncio de modo que Deus possa fazer o Seu trabalho através de mim, Seu instrumento.

por Brahma Kumaris - sao.paulo@br.bkwsu.org

Por Dadi Janki