quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Controle seu destino no ANO NOVO – 1ª. parte


 Por Paramahamsa Yogananda

Se, ao pensar em Deus, você saturar de devoção esse pensamento e, pela concentração, gravá-lo profundamente dentro de você, então, no tempo da superconsciência o Senhor do universo virá receber esse pensamento de amor.
 
Peça a Deus que o ajude a realizar todos os bons propósitos e resoluções que estiver fazendo agora para o Ano Novo. Decida-se a fazer exatamente o que resolveu e, em nenhuma circunstância, permita que os antigos maus hábitos o obriguem a voltar atrás.
Houve uma grande lição para mim no livro que escrevi “Autobiografia de um Iogue”; eu escrevia sem reler o manuscrito – uma tarefa que sempre evitei. Mas tive de reler várias vezes todos os trechos de minha autobiografia. O Senhor disciplinou-me, mas de maneira muito generosa, porque tenho apreciado muito reviver aquelas maravilhosas experiências, quando releio as histórias.
 
Aventurei-me em muitos projetos nesta vida. Fiz conferências, projetei e construí prédios, fiz trabalhos artísticos, toquei instrumentos musicais, plantei jardins, fundei uma escola, mas o segredo de meu sucesso sempre foi a força de vontade. Posso realmente dizer que o destino somos nós que fazemos.
Analise-se. O que aconteceu com suas boas intenções e nobres ambições do ano passado? Deixou que morressem por falta de vontade dinâmica de realizá-las? Tome a firme decisão de evitar a repetição dos velhos erros no Ano Novo. Planeje seu tempo. Decida que não será um autômato, dirigido pelo mundo e por seus próprios hábitos; não é esse o caminho para a verdadeira felicidade. Você precisa mudar; deve ser capaz de mudar. Um vago desejo de melhorar não basta. Você é hoje o que fez de si mesmo, e pode ser o que quiser, mas precisa usar a força de vontade.
 
Mais limitadoras que os muros de pedra são as grades da prisão do hábito. Você carrega essa prisão invisível onde quer que vá. Mas você pode se libertar! Decida agora fugir do cárcere dos hábitos e corra para a liberdade. Como é terrível a vida: a partir dos três anos de idade, somos limitados pelo hábito. Assim que compreendi ter caído na prisão dos hábitos, serrei todas as grades. Não permiti a mim mesmo ser mais escravizado por hábitos que me faziam dizer: “Não posso fazer isso”, ou “Tenho que agir assim”, ou “Não faça isso comigo, pois fico nervoso”, ou “Não posso suportar o frio”, e assim por diante.
 
Por que os hábitos são tão fortes na primeira infância? Porque foram trazidos de experiências de vidas passadas. Nossos estados de ânimo são linhas traçadas pelo carma passado no gráfico da vida. Tendências e hábitos errôneos são mais repugnantes do que o cheiro de um gambá. Por que comportar-se como gambá humano, incomodando a todos e, também se punindo? Uma vez ou outra, todos nós agimos assim, porque carregamos conosco peculiaridades censuráveis.

Continua.... 

Por Paramahamsa Yogananda





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