domingo, 15 de julho de 2012

Você tem medo de perder o medo?


Você tem medo de perder o medo?



Medo... nosso companheiro de longa estrada. No momento de nosso nascimento, ele já estava ali para nos "saudar", nos esperando de braços abertos, tranquilo por saber que nunca o deixaríamos. Somente o medo não sente medo de ser abandonado, ele sabe que estará sempre conosco, por toda a nossa vida. Fomos crescendo e experimentando a vida e aprendemos que em determinadas circunstâncias, o medo se faz mais presente e mais assustador, e em outras situações, ele aparece de forma sutil, quase imperceptível, mas nunca deixa de estar presente, principalmente, nos momentos mais importantes e cruciais de nossa vida. Sem termos consciência, fizemos do medo nosso "termômetro" para medir a importância das circunstâncias, ou seja, quanto mais "alta a temperatura" (de certa forma, o medo nos traz uma onda de calor intenso) que o medo manifesta, mais importante é a situação. Se o medo não for intenso, acreditamos que a situação não é muito boa e não a consideramos muito. Sentir medo é algo muito desagradável, as sensações são muito ruins.

O medo consciente e aceito, logo se dissipa, mas o medo inconsciente e não aceito, sempre nos traz mais malefícios. Por acreditarmos que sempre sentiríamos medo e por sabermos que sentir medo é algo horrível e angustiante, tivemos que criar uma estratégia de sobrevivência ao medo e passamos então a associar uma corrente de "prazer" ao medo, ou seja, passamos, inconscientemente, a gostar do medo. Isso quer dizer que viramos "masoquistas" e, mesmo sentindo as sensações terríveis de medo, gostamos disso e passamos a criar mais e mais circunstâncias que nos tragam muito medo. Quanto mais medo, melhor. Por exemplo, num caso mais extremo, existem pessoas que apreciam mais declaradamente as sensações de medo, são aquelas que adoram filmes de terror ou outras "diversões" que lhes provoquem muito medo. Estas, pelo menos, são mais conscientes de que gostam de sentir medo. Mas a grande maioria de nós está totalmente inconsciente do quanto gosta de sentir medo.

Criamos problemas e dificuldades onde não existem, só para ficarmos preocupados, ansiosos e... com muito medo de ter ou de perder ou de não conseguir, não importa o que desejemos, sempre convidamos o medo a se manifestar em nossa vida. Infelizmente, nossa vida é rodeada, baseada e permeada pela energia do medo. Nosso lado masoquista não suporta viver sem os "prazeres" que o medo proporciona.

Quando fazemos o caminho do autoconhecimento, aprendemos a lidar com o medo e começamos a confrontá-lo e a superá-lo em certa "dose", deixando de gostar do medo, o que nos leva a avançar. Quanto mais avançamos, mais prontos vamos ficando para enfrentarmos a vida, com medo ou sem medo. Entendemos que o medo faz parte da existência humana e, ao invés de fugirmos ou lutarmos, passamos a caminhar com o medo junto de nós. Isso nos leva cada vez mais adiante, até que chegamos a um ponto em que uma etapa extremamente significativa em nosso processo de transformação chega ao final de seu ciclo, colocando-nos em um nível de consciência mais elevado, onde estaremos sintonizados com dimensões superiores, onde tudo acontece de forma natural e espontânea. Podemos dizer que não sentimos mais medo das "coisas e circunstâncias" das quais sentíamos antes. O ego pressente que nesse nível ele não conseguirá mais nos afetar e nos frear lançando "mísseis de medo", ele sente que os medos antigos não nos afetarão mais como sempre nos afetaram. O ego entra em desespero, pois ele só aprendeu a viver sob o domínio do medo e aprendeu a gostar e se viciou nessa energia de medo... Como poderemos viver, num outro nível de consciência, sem sentirmos a experiência avassaladora do medo para nos interditar?

É neste ponto, impulsionado pelo desespero de perder mais do poder sobre nós, que o ego inventa uma nova modalidade de medo: cria o medo de não sentirmos mais medo. Depois de termos superado muito de nossos medos, não esperamos sentir mais medo nesse momento de tamanho avanço e é por isso que não compreendemos o que está ocorrendo conosco quando, neste ponto de nosso processo, tudo começa a paralisar, estagnar, esvaziar. Ficamos confusos, não era para isto acontecer. Antes, quando sentíamos medo, a paralisação era até algo "normal", mas agora que não estamos mais sentindo medo do que virá a seguir em nossa vida, não faz sentido esta estagnação. A habilidade que o ego tem de criar interdições veladas é impressionante. Poderíamos esperar tudo, até mesmo alguns resquícios de medos antigos, ou uma paralisação ou esvaziamento como forma de fazermos alguns reajustes internos, para nos adaptarmos às mudanças que ocorreram em nós, para nossa próxima etapa de vida... mas sentir medo de perdermos o medo da vida é algo que jamais imaginaríamos experimentar!

Para conseguirmos perceber essa sutil e poderosa estratégia do ego, basta que prestemos atenção ao que está acontecendo dentro de nós, quando tudo começar a parar de fluir. Ao levarmos nossa atenção ao que ocorre dentro de nós, começaremos a sentir algo muito familiar... sensações de medo! Quanto mais prestamos atenção, mais o medo vai se intensificando. Se deixarmos acontecer, com auto-acolhimento e aceitação, essa onda de energia aumentará, ficaremos "pegando fogo" de tanta energia de medo. Devemos ficar firmes, dando passagem à energia, sem tentarmos fugir ou frear esse fluxo, afinal, já fizemos isso inúmeras vezes durante nosso processo, com a diferença que neste ponto essa energia de medo é "nova", pois foi criada pelo ego como último recurso desesperado para nos interditar. Mas medo é medo, então, é só aguentarmos o fluxo, que o medo irá se dissipando, talvez demore um pouco mais, pois o ego caprichou na dose e na estratégia, fomos pegos de surpresa e este fator tem sempre um grande poder. Talvez venhamos a ficar incomodados e estranhos durante alguns dias, mas com a consciência e aceitação desse acontecimento dentro de nós, estaremos em nosso poder pessoal, enquanto a energia de medo vai se dissipando e o ego vai percebendo que foi pego em flagrante lançando esse míssil de medo e aceitando que quando é pego em flagrante, sempre perde o poder sobre nós. Tudo irá se ajustando e as energias se equalizando, voltando ao estado mais elevado novamente, até que percebemos que não estamos mais sentindo medo. Estaremos prontos novamente, mas muito mais fortalecidos por essa experiência.

Isto terá sido muito valioso, pois agora saberemos que o ego é capaz de tudo e que poderá gerar "novos medos" mais adiante. Ter consciência dos recursos do ego, sempre nos faz resgatar mais de nosso poder. Assim, aliviados por termos resolvido essa questão, recuperamos nossas forças, respiramos tranquilos e aguardamos para que as energias voltem a fluir de forma mais plena e poderosa, nos colocando novamente diante daquele ponto, em que estávamos prestes a dar o salto para outro nível de consciência. Será apenas uma questão de momento, até que voltemos a sentir a deliciosa brisa da bem-aventurança chegando a nós. A partir disso, é só deixar fluir...

  
por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com

Mudar o karma depende de você


Mudar o karma depende de você



Sempre ouço as pessoas falarem do karma e atribuírem a esta lei todas as suas frustrações e relacionamentos em desarmonia, mas bem pouca gente percebe suas próprias amarras. Uma delas é se colocar como vítima das situações. Claro que algumas vezes somos mesmo vítimas de alguma coisa bem ruim, de uma ingratidão, de uma traição, e não há como evitar ficar triste, e até adoecer por conta de um fato desagradável, mas o complicado é se aprisionar no sofrimento. Porque tudo tem um tempo. Durante um certo período não podemos e não devemos nos distanciar da dor, porque a dor também traz a cura, mas depois de um certo período precisamos caminhar, nos soltar e parar de reclamar.

Diego ilustra perfeitamente esse ensinamento. Homem de meia-idade e relativamente bem sucedido profissionalmente queria se sentir mais feliz e não conseguia. Vivendo um segundo casamento, sem filhos, sentia que a relação estava por um fio. Chegou ao meu consultório cabisbaixo, caminhando para uma depressão.

A sessão de Vidas passadas mostrou o corpo sutil deste homem totalmente ferido, conectado com histórias de abandono e desamor. Vieram registros de traição, quando ele sendo nobre e tendo condições de ajudar sua futura esposa, fizera de tudo para levantar a família, arrumou emprego para os irmãos, alimentou os pais já idosos. Porém, depois de um tempo de casado, descobriu a traição da esposa e resolveu castigá-la mantendo a moça presa por anos. Mas a vingança não aliviou seu coração, ele continuava se sentindo magoado, e apaixonado pela moça. Pensou até que ela tinha jogado um feitiço nele. Nesta ocasião, foi procurar um padre e a mulher acabou queimada na fogueira como bruxa. Desde então, eles ficaram presos e, de vítima, ele passou a ser o algoz.

Nesta vida, tudo se repetia. Ele corria atrás dela e a mulher estava arredia, sempre reclamando que ele fazia as coisas para ela e para sua família, querendo receber algo em troca. Reclamava que ele não era sincero na demonstração de afeto, que queria comprar seu amor. O que ele considerou ser parcialmente verdade, já que o dinheiro era importante e ajudar os familiares exigia dele grande abnegação.
Mas será que isso era suficiente para fazer sua vida afetiva feliz?

Diego só reclamava, tinha consciência de suas boas atitudes, mas seu coração estava carregado de mágoas da esposa e da sua família. Tinha raiva da atitude deles, mas não rompia, não se posicionava, deixava as cosias continuarem naquele ritmo ruim de reclamações.

Expliquei que não fazer nada, não ter coragem de tomar uma atitude, de se defender, ou de simplesmente seguir adiante, estava causando a terrível insatisfação que tomava conta da sua vida e o estava levando para depressão.

Pedi que Diego começasse uma terapia para arrumar coragem de mudar sua vida, porque não adianta ficar forçando o amor ou a gentileza das pessoas. Se algo não dá certo, se oferecer amor, atenção, cuidados, carinhos não for o suficiente, o que será?

Há certas relações que não têm cura. E nesses casos não adianta cobrir o outro de afeto. Existem momentos que precisamos olhar para dentro e nos amar em primeiro lugar, porque nós somos o centro do nosso mundo, e os responsáveis por nos manter saudáveis e felizes. Como ensinam os Mestres, o outro faz parte do cenário da sua vida, e você como o ator principal pode mudar o que está à sua volta. Mudar o karma depende de você. Coragem!


 por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br

sexta-feira, 13 de julho de 2012

CURIOSIDADES DO NOSSO CORPO

1. Se você estiver com a garganta doendo, aperte seu ouvido:
Pressionando os nervos do ouvido, ele vai gerar um reflexo imediato nos espasmos da garganta e alivia o desconforto.


2. Para ouvir melhor utilize apenas um lado da orelha:
Se você está em um clube e não ouvir bem o que as pessoas estão dizendo, vire a cabeça e use apenas a orelha direita, uma vez que ela distingue melhor as conversações, enquanto a esquerda identifica músicas de som.

3. Para resistir à tentação de ir ao banheiro pense em sexo:
Quando não resistir à vontade de urinar e não tiver um banheiro por perto, pense em sexo. Isso vai entreter o seu cérebro e reduzirá o estresse.

4. Provoque tosses para reduzir a dor:
Um grupo de cientistas alemães descobriram que quando você espirra, aumenta a pressão no peito e coluna vertebral, inibindo, assim, dores na coluna.

5. Se você estiver com o nariz entupido:
Pressione o céu da boca e o nariz. Toque o céu da boca firmemente com um dedo, segurando o nariz abaixo das sobrancelhas. Isso permitirá que as secreções possam se mover e você volta a respirar.

6. Quando você tiver com azia, durma sobre seu lado esquerdo:
Isto cria um ângulo entre o estômago e do esófago, de modo que o ácido não pode passar para a garganta.

7. Quando um dente dói esfregue um cubo de gelo em sua mão: Você deve passar um pedaço de gelo na área, em um "v" que tem entre o polegar e o dedo indicador contra a palma da mão. Isto reduz em 50% a dor, pois este setor está ligado aos receptores da dor da face.

8. Quando você se queimar, pressione o ferimento com um dedo:
Após a limpeza da área afetada, pressione com a mão sobre a queimadura, assim ela retornará a temperatura inicial e evitará bolhas. (Para pequenas queimaduras, apenas)

9. Quando você estiver bêbado:
Repouse a mão sobre uma mesa ou superfície estável.
Se você fizer isso, seu cérebro vai recuperar o sentido de equilíbrio e evitará que tudo gire ao seu redor.

10. Ao correr, respire quando o pé esquerdo pisar o chão.
Isto irá prevenir sentimento de comichão no peito, porque se você respirar quando você coloca o pé direito, fará pressão no fígado.

11. Se sangrar o nariz, empurre com o dedo:
Se você deitar com o sangue escorrendo poderá se sufocar, por isso é melhor pressionar o dedo sobre o lado do nariz quando você tiver sangramento.

12. Para controlar o batimento cardíaco quando você está nervoso:
Coloque o polegar na boca e assopre, isso irá ajudar seu coração parar de bater tão rápido a partir da respiração.

13. Para aliviar uma dor de cabeça quando você bebe água gelada:
Quando você beber algo congelado, resfria o paladar e o cérebro interpreta. Então você deve colocar a língua no céu da boca para retornar à temperatura normal.

14. Previna a falta de visão quando você está na frente do PC:
Quando você coloca seus olhos em um objeto próximo, como um computador, a vista fica cansada e não consegue enxergar direito. Por isso, feche os olhos, contraia o corpo e prenda a respiração por um momento. Então, relaxe. Remédio santo.

15. Desperte suas mãos e pés adormecidos movendo sua cabeça:
Quando você dorme, um braço ou uma mão, gire a cabeça de um lado para o outro e sentirás a dormência passar dentro de 1 minuto. Os membros superiores adormecem pela pressão sobre o pescoço. Igualmente para pernas e pés, leva alguns segundos.

16. Uma maneira fácil de prender a respiração debaixo d'água:
Antes de mergulhar, fazer respirações muitos rápidos e fortes para fazer o sangue ácido desaparecer, pois isso é que causa a falta de ar.

17. Memorize textos à noite:
Tudo o que você ler antes de dormir, o mais fácil de lembrar...

Quando COMPARTILHAS algum valor,
O benefício é todo Teu.

Então tens a obrigação moral de compartilhar com os outros.
É sábio compartilhar o que aprendesses,
só assim, realmente aprendes, enquanto ensinas.

 

O colesterol é uma das substâncias mais importantes do organismo

O texto é muito esclarecedor e coloca em "xeque-mate"a indústria médica do colesterol, tornando-a um mito.
Porque muitas pessoas que tomam remédio para baixar o colesterol, ficam com pouca memória?
O que isso tem a ver?

Natasha Campbell-McBride, médica
*
Tradução: Odi Melo, www.melnex.net

No nosso mundo moderno, colesterol tornou-se quase um palavrão. Graças aos defensores da hipótese alimentos-coração, qualquer um “sabe” que o colesterol é “mau” e precisa ser combatido por todos os meios. Se você acreditar no que diz a mídia, vai achar que simplesmente não existe um nível de colesterol que seja suficientemente baixo. E se você tiver uma certa idade, provavelmente fará exames para ver quanto colesterol tem no sangue. Se tiver mais que uns 200 mg/100 ml (5,1 mol/1), talvez lhe receitem uma “pílula para colesterol”. Milhões de pessoas pelo mundo afora tomam essas pílulas, pensando que assim estão cuidando bem da saúde. O que essas pessoas não sabem é como isso está longe de ser verdadeiro. 
A verdade é que nós, humanos, não podemos viver sem colesterol. Vejamos por quê.

Nosso organismo é formado por bilhões de células. Praticamente todas as células produzem colesterol continuamente, durante toda a nossa vida. Por quê?
Por que cada célula, de cada órgão, tem colesterol como parte da sua estrutura. O colesterol é parte integral e muito importante da membrana celular, a membrana que envolve nossas células, e também das membranas das organelas, no interior das células. O que faz o colesterol lá? Faz várias coisas.
Integridade Estrutural 
Em primeiro lugar - as gorduras saturadas e o colesterol tornam firmes as membranas das células. Sem eles as células se tornariam flácidas e fluidas. Se o seres humanos não tivessem colesterol e gordura saturada nas membranas das suas células, eles pareceriam vermes ou lesmas gigantes. E não estamos falando de algumas moléculas de colesterol, aqui e ali. Em muitas células, quase a metade da membrana celular é formada por colesterol. Diferentes espécies de células no nosso organismo precisam de diferentes quantidades de colesterol, dependendo de suas funções e finalidades. Se a célula for parte duma barreira protetora, por exemplo, ela conterá muito colesterol, para torná-la robusta e resistente a qualquer invasão. Caso a célula, ou organela dentro da célula, precise ser macia e fluida, ela conterá menos colesterol na sua estrutura.

Essa propriedade do colesterol e das gorduras saturadas de enrijecer e reforçar os tecidos é utilizada pelos nosso vasos sangüíneos, principalmente por aqueles vasos que precisam resistir à alta pressão e à turbulência do fluxo sangüíneo. São geralmente artérias de tamanho médio ou grande, em locais onde elas se dividem ou se curvam. O fluxo de sangue, batendo dentro dessas artérias, as força a incorporar uma camada de colesterol e gordura saturada nas membranas, o que as torna mais fortes, mais resistentes e mais firmes. Essas camadas de gordura e colesterol são chamadas estrias gordurosas. 

Elas são totalmente normais e se formam em todos nós, desde que  nascemos, ou até mesmo antes. Diversas populações aborígines pelo mundo afora, que nunca tiveram doenças cardíacas, apresentam grande quantidade de estrias gordurosas em seus vasos sangüíneos em velhos e jovens, inclusive crianças. As estrias gordurosas não são indícios da doença chamada aterosclerose.
Os Lipídios Salvadores
Todas as células do nosso organismo precisam comunicar-se entre si. Para fazer isso, elas utilizam proteínas incrustadas nas membranas das células. Mas como é que essas proteínas são fixadas às membranas? Com ajuda do colesterol e das gorduras saturadas! O colesterol e os rijos ácidos graxos saturados formam as chamadas balsas lipídicas, que formam pequenos abrigos para cada proteína da membrana e assim lhe possibilita desempenhar sua função. Sem colesterol e gorduras saturadas  nossas células não conseguiriam se comunicar, nem transportar diversos tipos de moléculas para dentro e para fora das células. A conseqüência disso é que o nosso organismo não funcionaria do jeito que funciona.

O cérebro humano é particularmente rico em colesterol – cerca de 25% de todo o colesterol do nosso organismo se encontra no cérebro. Cada célula e cada estrutura do cérebro e do resto do nosso sistema nervoso precisa do colesterol, não apenas para sua própria constituição mas também para realizar suas múltiplas funções. O desenvolvimento do cérebro e dos olhos do feto e do recém-nascido requer grande quantidade de colesterol. Se o feto não receber colesterol suficiente durante o seu desenvolvimento, a criança pode nascer com uma anomalia congênita, chamada ciclopia1  [desenvolvimento de apenas um olho].

O leite materno fornece muito colesterol. Não apenas isso – o leite materno contém uma enzima específica que capacita o aparelho digestivo do bebê a absorver quase 100% desse colesterol, pois o desenvolvimento do cérebro e olhos da criança demanda enorme quantidade de colesterol. A criança que for privada do colesterol durante a infância poderá ficar com a visão e as funções cerebrais prejudicadas. Os fabricantes de fórmulas para mamadeiras estão cientes desse fato, porém, seguindo o dogma anti-colesterol, produzem essas fórmulas com praticamente nada dessa substância.

Matéria Cerebral Vital
Uma das matérias mais abundantes no cérebro e no restante do nosso sistema nervoso é uma substância graxa chamada mielina. A mielina recobre cada célula nervosa e cada fibra nervosa como se fosse um revestimento isolante num condutor elétrico. Além de isolar, ela dá alimento e proteção para todas as minúsculas estruturas do nosso cérebro e o restante do sistema nervoso. A pessoa que começa a perder sua mielina desenvolve uma doença chamada esclerose múltipla. Pois bem, 20% da mielina é colesterol. Se começamos a interferir na capacidade do organismo de produzir colesterol, pomos em risco a própria estrutura do cérebro e restante do sistema nervoso.

A síntese da mielina no cérebro está intimamente ligada à síntese do colesterol. Na minha experiência clínica, alimentos com alto teor de colesterol e gordura animal são remédios essenciais para pessoas com esclerose múltipla.

Uma das faculdades mais importantes com que o ser humano foi abençoado é a capacidade de lembrar coisas – a nossa memória. Como se forma a memória? Pelo estabelecimento de conexão entre as células do cérebro, a chamada sinapse. Quanto mais saudável for a sinapse que o cérebro produz, mais capacitada mentalmente e mais inteligente será a pessoa. Os cientistas descobriram que a formação da sinapse é quase totalmente dependente do colesterol (na forma chamada “apolipoproteína E”) produzido por células cerebrais. Sem a presença desse fator não poderíamos formar sinapses e, portanto, não conseguiríamos aprender ou lembrar nada. Aliás, a perda de memória é um dos efeitos colaterais dos medicamentos usados para baixar o colesterol.

Na minha clínica, tenho visto um crescente número de pessoas que tomam pílulas para baixar colesterol apresentando perda de memória. O médico Duane Graveline, ex-cientista e astronauta da NASA, sofreu esse tipo de perda de memória quando tomava sua pílula para controle do colesterol. Ele conseguiu salvar sua memória parando de tomar a pílula e ingerindo grandes quantidades de alimentos ricos em colesterol. Ele descreve sua experiência no livro Liptor: Thief of Memory – Statin Drugs and the Misguided War on Cholesterol ["Liptor: Ladrão de Memória - As Estatinas e a Equivocada Guerra Contra o Colesterol."]
 
Em estudos  científicos, o colesterol contido em ovos frescos e outros tipos de alimentos ricos nessa substância tem demonstrado que melhora a memória de idosos. Na minha experiência clínica, qualquer pessoa com perda de memória ou dificuldade  de aprendizagem  precisa ingerir esses alimentos em abundância para se recuperar.

Um Produto (Necessário) do Próprio Organismo
Esses alimentos dão ”uma mãozinha” ao fornecerem colesterol, pois assim o organismo não precisa trabalhar tanto para fabricá-lo. O que muita gente não se dá conta é de que a maior parte do colesterol no organismo não provém dos alimentos! Nosso corpo produz o colesterol que ele precisa. Pesquisas científicas têm demonstrado, de forma definitiva, que o colesterol dos alimentos não tem qualquer efeito sobre os níveis de colesterol no nosso sangue. Por quê? Por que o colesterol é uma parte tão essencial à nossa fisiologia humana que o organismo dispõe de mecanismos muito eficientes para manter o colesterol do sangue a um certo nível.
Quando ingerimos mais colesterol, o organismo produz menos. Quando ingerimos menos colesterol, o organismo produz mais. Como matéria-prima para produzir colesterol, o organismo pode usar carboidratos, proteínas e gorduras, o que significa que o macarrão e o pão que você come podem ser utilizados para fabricar colesterol no seu corpo. 

Estima-se que, numa pessoa mediana, cerca de 85% do colesterol sangüíneo é produzido pelo organismo, enquanto apenas 15% provém dos alimentos. Portanto, mesmo que você siga religiosamente uma dieta alimentar totalmente sem colesterol, você ainda terá uma grande quantidade de colesterol em seu organismo. Porém, os medicamentos para baixar o colesterol são uma questão completamente diferente!  Eles interferem na capacidade do organismo de produzir colesterol, e assim reduzem a quantidade disponível para uso do nosso corpo.

Os Perigos do Colesterol Baixo

Se não estamos tomando drogas para baixar o colesterol, a maioria não precisa se preocupar com ele. Porém, há pessoas cujos organismos não conseguem produzir colesterol em quantidade suficiente, por alguma razão. Essas pessoas são propensas a ter instabilidade emocional e problemas comportamentais. Níveis baixos de colesterol no sangue têm sido rotineiramente documentados em criminosos que cometeram assassinatos e outros crimes violentos, em pessoas com personalidades agressivas e violentas, em pessoas com tendências suicidas, bem como em indivíduos com comportamento social agressivo e baixo autocontrole.

Gostaria de repetir aqui o que o falecido professor de Oxford, David Horrobin, nos alertou: “A redução do colesterol na população em larga escala pode ocasionar uma mudança generalizada para padrões de comportamentos mais violentos. A maior parte desse aumento de violência não resultaria em mortes, e sim em mais agressão no trabalho e na família, mais violência contra crianças, mais espancamento de esposas, e mais infelicidade em geral.”

As pessoas cujos organismos são incapazes de produzir colesterol em quantidade suficiente precisam realmente ingerir bastante alimentos ricos em colesterol, a fim de fornecer a seus órgãos essa substância essencial à vida.
E para que mais nosso organismo precisa de tanto colesterol?
Sistema Endócrino
Depois do cérebro, os órgãos mais ávidos por colesterol são as nossas glândulas endócrinas: as supra-renais e as glândulas sexuais. Elas produzem os hormônios esteróides. Os hormônios esteróides do organismo são produzidos a partir do colesterol: testosterona, progesterona, pregnenolona, androsterona, estrona, estradiol, corticosterona, aldosterona e outros. Esses hormônios realizam uma gama de funções no corpo humano, desde a regulagem do nosso metabolismo, produção de energia, assimilação de minerais, a formação do cérebro, músculos e ossos, até nosso comportamento, emoções e reprodução. 

Na nossa vida moderna e estressada, consumimos uma grande quantidade desses hormônios, podendo chegar a uma condição clínica chamada “esgotamento adrenal”. Essa doença é freqüentemente diagnosticada por naturopatas e outros profissionais da saúde. Existem muitos medicamentos à base de plantas no mercado para esgotamento adrenal. Mas a medida terapêutica mais importante é fornecer às suas glândulas supra-renais bastante colesterol via alimentos.

Sem colesterol não poderíamos ter filhos, pois cada hormônio sexual em nosso organismo é feito a  partir do colesterol. Um percentual razoável da atual epidemia de infertilidade pode ser atribuído à hipótese alimentos-coração. Quanto mais entusiasmados ficamos na luta contra as gorduras animais e o colesterol, mais problemas começamos a enfrentar com desenvolvimento sexual normal, fertilidade e reprodução.

Aproximadamente um terço dos homens e das mulheres ocidentais são inférteis. E aumenta o número de jovens que estão crescendo com anomalias nos seus hormônios sexuais. Essas anomalias acarretam diversos problemas físicos.

Uma pesquisa recente ”descobriu” que a ingestão de produtos lácteos integrais cura a infertilidade nas mulheres.

Segundo - Os pesquisadores constataram que as mulheres que tomam leite integral e ingerem produtos lácteos ricos em gordura são mais férteis do que as mulheres que permanecem usando produtos com pouca gordura. O líder da pesquisa, Dr. Jorge Chavarro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, enfatizou: “A mulher que quiser engravidar deve examinar sua dieta alimentar. Ela deve considerar uma mudança dos produtos lácteos com baixo teor de gordura para produtos ricos em gordura, substituindo, por exemplo, leite desnatado por leite integral e passando a ingerir creme de leite (nata), em vez de iogurte com baixa gordura.”

Fontes de Colesterol nos Alimentos
1.  Caviar é a fonte mais rica, com 588 mg de colesterol para cada 100 gramas. Mas, obviamente, este não é um alimento muito comum para a maioria de nós…
2.  O óleo de  fígado de  bacalhau está logo atrás, com 570 mg de colesterol para cada 100 gramas. Não há dúvida de que o elemento colesterol no óleo de fígado de bacalhau desempenha importante papel nos já bem conhecidos benefícios desse alimento saudável e consagrado pelo tempo.
3.  A gema  de ovo fresco vêm em terceiro lugar, 424 mg de colesterol para cada 100 gramas. Vou repetir: gema de ovo fresco, e não ovos desidratados (que contêm colesterol quimicamente mutilado).
4.  A manteiga propicia 218 mg de colesterol para cada 100 gramas. Estamos falando de manteiga natural, e não substitutos de manteiga.
5.  Peixes de água fria, como marisco, salmão, cavala, sardinha e camarão fornecem boas quantidades de colesterol, variando entre 173 a 81 mg por 100 gramas. Os defensores da dieta alimentar com baixo colesterol recomendam substituir as carnes por peixe. Obviamente, eles não se deram conta de que o peixe é quase duas vezes mais rico em colesterol que a carne.
6.  A banha de porco fornece 94 mg de colesterol para cada 100 gramas. Seguem, em ordem decrescente, outras gorduras animais.
O Fígado e a Regulagem das Vitaminas
Um dos órgãos mais ativos do nosso organismo, em termos de produção de colesterol, é o fígado, que regula o seu nível no sangue. O fígado também coloca muito colesterol na produção da bile. Sim, a bile é feita de colesterol. Sem a bile, não conseguiríamos  digerir e absorver as gorduras nem as vitaminas lipossolúveis. A bile emulsifica as gorduras. Ou seja, ela as mistura com água, para que as enzimas digestivas possam chegar até elas. Após completar sua missão, a maior parte da bile é reabsorvida no sistema digestivo e levada de volta ao fígado para ser reciclada. Na verdade, 95% da nossa bile é reciclada, pois as substâncias que a constituem (uma das quais é o colesterol) são por demais preciosas para que o organismo as desperdice. A Natureza não faz nada sem ter uma boa razão. Esse exemplo da cuidadosa reciclagem do colesterol por si só já nos deveria dar uma boa idéia sobre a sua importância para o organismo!

A bile é essencial para a absorção de vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura) – Vitamina A, vitamina D, vitamina K e vitamina E. Sem essas vitaminas nós não conseguimos viver. Além de garantir que as vitaminas lipossolúveis sejam digeridas e absorvidas adequadamente, o colesterol é o principal elemento constituinte de uma delas – a vitamina D. Ela é produzida a partir do colesterol da nossa pele, quando exposto à luz do sol. Nos períodos do ano em que não há muita luz solar, podemos obter essa vitamina dos alimentos ricos em colesterol  – óleo de fígado de bacalhau, peixes, mariscos, manteiga, banha de porco e gema de ovo. Nossos recentes e equivocados medos do sol e dos alimentos ricos em colesterol ocasionaram uma epidemia de deficiência de vitamina D no mundo ocidental.

Infelizmente, tirando-se a luz do sol e os alimentos ricos em colesterol, não existe outra maneira adequada de se obter vitamina D. Naturalmente, tem os suplementos, porém a maioria deles contém vitamina D2, que é obtida pela irradiação de cogumelos e outras plantas. Essa vitamina não é a mesma coisa que a vitamina D natural. Ela não funciona tão eficazmente e um nível de toxicidade é facilmente alcançado com ela. Na verdade, quase todos os casos de toxicidade por vitamina D já registrados foram casos em que essa vitamina D2 tinha sido utilizada. A toxicidade é praticamente impossível de ocorrer com a vitamina D natural, obtida através da exposição à luz do sol ou de alimentos ricos em colesterol, pois o organismo sabe como lidar com algum excesso de substâncias naturais. Uma coisa com a qual o organismo não saber lidar é um excesso de vitamina D2, sintética.

A vitamina D foi projetada para trabalhar em conjunto com outra lipossolúvel, a vitamina A. É por isso que alimentos ricos em uma delas tendem a conter muito também da outra vitamina. Assim, ao ingerir óleo de fígado de bacalhau, por exemplo, vamos obter as duas vitaminas ao mesmo tempo. À medida que envelhecemos, diminui consideravelmente  a nossa capacidade de produzir vitamina D na pele mediante exposição à luz do sol. Por essa razão, a ingestão de alimentos ricos em vitamina D torna-se particularmente importante para os idosos. Para as demais pessoas, uma exposição sensata à luz solar é uma forma saudável e agradável de se obter um bom suprimento de vitamina D.

O câncer de pele, atribuído aos raios solares, não é causado pelo sol. Ele é causado pelas gorduras trans dos óleos vegetais e margarinas, e outras toxinas acumuladas na pele. Além disso, alguns protetores solares contêm produtos químicos que, comprovadamente, causam câncer de pele.

Saúde do Sistema Imunológico
O colesterol é essencial para que o nosso sistema imunológico funcione adequadamente. Experimentos com animais e estudos com humanos têm demonstrado que as células do sistema imune dependem do colesterol para combater infecções e se auto-regenerar após a batalha.

Além disso, o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade), o chamado “mau colesterol”, liga- se diretamente e desativa toxinas bacterianas perigosas, evitando que elas causem danos ao organismo. Uma das toxinas mais letais é produzida por uma bactéria amplamente disseminada, o Staphylococcus  aureus, que é responsável pela MRSA (estafilococos resistentes à meticilina), uma infecção hospitalar bem comum.
Essa toxina pode literalmente dissolver os glóbulos vermelhos do sangue. Porém, ela não age quando em presença do colesterol LDL. Quem se torna vítima dessa toxina apresenta baixo nível de colesterol no sangue.

Está documentado que pessoas com altos níveis de colesterol são protegidas contra infecções – elas apresentam 4 vezes menos chance de contrair AIDS, raramente pegam um resfriado e se recuperam de infecções mais rapidamente que pessoas com níveis sangüíneos “normais” de colesterol.

Indivíduos com baixo colesterol  no sangue ficam propensos a diversas infecções, sofrem mais tempo com elas, e têm mais chance de morrer disso. Uma dieta alimentar rica em colesterol tem demonstrado melhorar a capacidade dessas pessoas de se recuperar de infecções. Assim, quem estiver sofrendo de infecção aguda ou crônica deve ingerir alimentos ricos em colesterol para se recuperar. O óleo de fígado de bacalhau, a maior fonte de colesterol (depois do caviar), há muito tempo vem sendo louvado como melhor remédio para o sistema imune. Quem conhece a literatura médica mais antiga sabe que, até a descoberta do antibiótico, um tratamento usual para a tuberculose era tomar diariamente uma mistura de ovo cru com creme de leite fresco.

Variação dos Níveis de Colesterol no Sangue
As perguntas são: Por que algumas pessoas têm mais colesterol no sangue que outras, e por que uma mesma pessoa pode apresentar diferentes níveis de colesterol em diferentes horários num mesmo dia? Por que os nossos níveis de colesterol são diferentes nas diferentes estações do ano? No inverno, o colesterol sobe; no verão ele baixa. Por que o colesterol duma pessoa vai para as nuvens após uma cirurgia? Por que o colesterol do sangue sobe quando temos uma infecção? Por que ele sobe após um tratamento dentário? 

Por que ele sobre quando estamos estressados? E por que ele se torna normal quando estamos calmos e nos sentindo bem?
A resposta para todas essas perguntas é a seguinte: O colesterol é um agente reparador do corpo humano. Quando o nosso organismo tem algum reparo a fazer, ele produz colesterol e o envia para o local do estrago. Dependendo do horário do dia, do clima da estação do ano e da nossa exposição a vários agentes ambientais, os danos causados aos diversos tecidos do corpo humano podem variar. Conseqüentemente, a produção de colesterol no organismo também varia.

Como o colesterol é normalmente discutido no contexto de doenças e aterosclerose, vamos dar uma olhada nos vasos sangüíneos. As suas paredes internas são recobertas por uma camada de células chamada “endotélio”. Qualquer agente prejudicial a que estejamos expostos vai acabar no nosso sangue, seja um produto químico tóxico, um organismo que cause infecção, um radical livre, ou qualquer outra coisa. Uma vez na corrente sangüínea, o que esse agente vai atacar primeiro? O endotélio, é claro. 

Então o endotélio imediatamente envia uma mensagem ao fígado.
Sempre que o nosso fígado recebe um sinal de que houve um ferimento no endotélio em qualquer parte do sistema vascular, ele entra em ação e manda colesterol para o local do estrago, num veículo chamado Colesterol LDL. Como esse colesterol se desloca do fígado para o local do estrago na forma de LDL (lipoproteína  de baixa densidade), a nossa “ciência”, em sua grande sabedoria, o chama de “mau” colesterol…
Quando o ferimento sara e o colesterol é removido, ele viaja de volta ao fígado na forma de Colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade). Como esse colesterol se desloca da artéria de volta ao fígado, a nossa equivocada “ciência” o chama de “bom” colesterol…
Isso seria o mesmo que chamar a ambulância que se desloca do hospital para o paciente de “má ambulância”, e a que se desloca do paciente de volta ao hospital de “boa ambulância”….
Mas a situação tornou-se ainda mais ridícula. A mais recente “descoberta” da nossa ciência é que nem todo o colesterol LDL é tão mau. Na verdade, praticamente todo ele é bom. Por isso, agora nos dizem que devemos chamar parte do LDL de “bom mau colesterol”, e o resto dele de “mau mau colesterol”…
Agente Reparador Maravilhoso
Por que o fígado envia colesterol para o local de ferimento? Por que o organismo não consegue limpar a infecção, remover os elementos tóxicos ou curar a ferida sem ajuda do colesterol e de gorduras. Toda a cura implica nascimento, crescimento e funcionamento de milhares de células: células do sistema imunológico, do endotélio, e muitas outras. Como essas células, em boa parte, são feitas de colesterol e gorduras, elas não se formam nem crescem sem dispor de um bom suprimento dessas substâncias. Quando as células são danificadas, elas necessitam de colesterol e gorduras para sua auto-regeneração. É um fato científico que todo o tecido de ferida no organismo contém boa quantidade de colesterol.

Terceiro - Outro fato científico é que o colesterol atua como antioxidante no organismo, tratando dos danos causados pelo radicais livres.

Quarto - Qualquer ferimento no organismo contém uma profusão de radicais livres, pois as células do sistema imune utilizam essas moléculas altamente reativas para destruir micróbios e toxinas. Os excessos de radicais livres precisam ser neutralizados, e o colesterol é uma das substâncias naturais que realizam essa função.

Quando passamos por uma cirurgia, nossos tecidos são cortados e muitas pequenas artérias, veias e capilares são avariados. O fígado recebe um sinal muito forte desse estrago, então ele inunda o organismo com colesterol LDL para limpar e reparar todos os ferimentos dos vasos sangüíneos. É por essa razão que o colesterol fica elevado depois de qualquer procedimento cirúrgico. 

Após um tratamento dentário, além dos danos causados aos tecidos, grande quantidade de bactérias dos dentes e das gengivas acaba na corrente sangüínea, atacando as paredes internas dos nossos vasos. Mais uma vez, o fígado recebe um forte sinal da área afetada e produz uma abundância de colesterol reparador para cuidar do problema, então o colesterol do sangue se torna elevado.

A mesma coisa acontece quando temos uma infecção – o colesterol LDL se eleva para poder cuidar do ataque bacteriano ou viral.

Os nossos hormônios do stress são feitos do colesterol no organismo. As situações estressantes aumentam nossos níveis de colesterol no sangue, pois o colesterol está sendo enviado às glândulas supra-renais para produção dos hormônios do stress. Além disso, quando estamos sob stress, uma tempestade de radicais livres e outras reações bioquímicas prejudiciais ocorrem no sangue. 

Aí o fígado trabalha muito para produzir e enviar a maior quantidade possível de colesterol para enfrentar o ataque de radicais livres. Em situações como essa, a medição do colesterol no seu sangue será alta.
Em resumo, quando temos um alto nível de colesterol no sangue, isso significa que o organismo está lidando com algum tipo de estrago. A última coisa que devemos fazer é interferir nesse processo! Quando o estrago tiver sido reparado, o nível de colesterol no sangue irá baixar naturalmente.
Se estivermos com uma doença que produza danos constantemente, os níveis de colesterol estarão permanentemente elevados. Assim, quando um médico encontra o colesterol elevado num paciente, o que esse médico deveria fazer era procurar a causa. O médico deveria perguntar “O que estará causando estragos no organismo e fazendo com que o fígado tenha que produzir toda essa quantidade de colesterol para lidar com esses estragos?” Infelizmente, em vez desse procedimento sensato, nossos médicos são ensinados a atacar o colesterol.

Muitas ervas e plantas naturais, antioxidantes e vitaminas possuem a capacidade de reduzir o colesterol no sangue. Como fazem isso? Ajudando o organismo a remover os agentes agressores, sejam eles radicais livres, bactérias, vírus ou toxinas. Assim o fígado não precisa produzir tanto colesterol para cuidar do problema. Ao mesmo tempo, vitaminas, minerais, antioxidantes, ervas e outros remédios naturais ajudam a curar o ferimento. 

Quando a ferida se cura, não há mais necessidade de altos níveis de colesterol, então o organismo o remove na forma de HDL, o chamado ”bom” colesterol. É por isso que ervas, vitaminas, antioxidantes e outros remédios naturais aumentam os níveis de colesterol HDL no sangue.

Conclusão O colesterol é uma das substâncias mais importantes do organismo. Não podemos viver sem ele, e muito menos funcionar bem sem ele. A perniciosa hipótese alimentos-coração difamou essa substância essencial. Infelizmente, essa hipótese tem servido extremamente bem a muitos interesses comerciais e políticos, de forma a garantir sua longa sobrevivência. Porém, a vida da hipótese alimentos-coração está chegando ao fim, à medida que nos conscientizamos de que o colesterol tem sido equivocadamente  julgado culpado apenas por ter sido encontrado na cena do crime.
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A médica Natasha Campbell-McBride dirige a Cambridge Nutrition Clinic, na Inglaterra. Ela é autora do livro Gut and psychology syndrome. O presente artigo é a reprodução de um dos capítulos do seu novo livro Put your heart in your mouth! – What really is heart disease and what we can do to prevent and even reverse it.