sábado, 28 de maio de 2011


ANIMAIS DE RUA: SÓ "MORRER DE PENA" NÃO ADIANTA: FAZ A TUA PARTE!

Apadrinha a castração (esterilização) a baixo custo de um cão ou gato abandonado e ajuda a diminuir o contingente de animais que vagam famintos e maltratados pelas ruas. Anúncios de adoção de animais resgatados das ruas, indicações de atendimento veterinário a baixo custo, dicas de cuidados, orientações/denúncias de maus-tratos, a legislação e o trabalho voluntário dos protetores de animais em Porto Alegre/RS.

Animais ganham maior proteção com nova estrutura de delegacia em Campinas
Maria Fernanda Ribeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Campinas (SP)


A Delegacia de Defesa e Proteção aos Animais de Campinas, primeira do Estado de São Paulo, está completando um ano. De presente, ganhou novo endereço e, agora, tem infraestrutura própria com três investigadores e até um escrivão.
Indícios de falsos veterinários, envenenamentos e tráfico de animais silvestres estão entre os principais alvos das ações da delegacia.

Segundo a delegada Rosana Mortari, a conquista foi um grande passo. "No primeiro ano estivemos voltados a apenas recolher e socorrer animais vítimas de maus-tratos", disse Rosana.

"Não tínhamos sede própria, estávamos junto com o 4° DP [Distrito Policial], no Taquaral, e era necessário dividir os funcionários para todas as tarefas."

Nesse primeiro ano de funcionamento da delegacia foram socorridos e recolhidos cerca de cem animais. Chegam em média à delegacia em torno de 15 denúncias por dia. Maltratar animais é considerado crime pela Lei 9.099, que legisla sobre causas de menor complexidade, mas pode render cadeia e aplicação de multa.

Ocorrências que envolvem cães e gatos são os mais corriqueiros, mas também há denúncias de maus tratos a cavalos, pássaros e até cabras. “Choca a frieza de como algumas pessoas lidam com os animais, totalmente alheias aos sentimentos deles”, afirma a delegada, relembrando alguns casos que chamaram sua atenção.
Um deles é o da pitbull Luna, encontrada totalmente desamparada em um imóvel abandonado. Por causa da sarna, não era possível reconhecer a cor verdadeira da cachorra. Luna foi socorrida e adotada por uma clínica veterinária, onde tinha se tornado a mascote. Mas foi envenenada por um desconhecido e morreu. “Ela foi vítima duas vezes”, disse a delegada.

Há também o caso do cavalo Cabide, vítima de maus-tratos por um carroceiro. Socorrido, o animal foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses de Campinas, mas o local foi assaltado e o cavalo sumiu. Algum tempo depois, Cabide foi encontrado pela rua e novamente socorrido.
Para Flavio Lamas, presidente do Conselho de Proteção e Defesa dos Animais de Campinas, a existência de um setor específico para a proteção aos animais mudou alguns conceitos. “Maltratar animal passou a ser crime de fato e um setor específico mostra o reconhecimento da importância dessa causa.”

Exemplos

Cidades como Sorocaba, Jundiaí e Ribeirão Preto também possuem um setor especializado para a proteção animal. Em Ribeirão Preto o local foi inaugurado em dezembro de 2010 e funciona junto com a Delegacia de Proteção ao Idoso. No total, são três investigadores e um escrivão.

O delegado, Norberto Bocamino, também acumula a função. No entanto, segundo ele, a estrutura tem sido suficiente para checar todas as denúncias. Ele disse que já precisou de mandado de segurança para entrar numa casa e resgatar um cachorro, pois o proprietário não deixou a polícia entrar.

Em todas as cidades, os setores contam com o apoio de ONGs, associações e veterinários voluntários para receber e abrigar os animais e também para preparar e emitir laudos.

Antes de adotar:
- Obtenha a concordância de todos da família;

- Verifique se há recursos financeiros necessários para manter o bichinho. Ele vai precisar de ração, medicamentos e eventuais cuidados veterinários;

- Verifique se há quem fique com ele durante viagens inesperadas, férias e feriados prolongados;

- NÃO dê animais de presente. Não imponha um animal a quem não fez uma escolha consciente de adotá-lo. Animais não são brinquedos ou objetos, nem presentes!

- NÃO adote ou compre um animal de uma determinada raça só porque está na moda, pois a moda passa. Os vira-latas também são maravilhosas companhias. Veja as Vantagens de Adotar um Vira-Lata.

- Se escolher adotar um filhote, lembre-se: ele é fofinho e pequenininho agora, mas vai precisar de mais cuidados, terá que ser disciplinado e crescerá rapidamente. Se você não tem paciência ou tempo para criar e disciplinar um filhote, adote um animal adulto.

- Os filhotes costumam ser estabanados e precisam ser disciplinados, com carinho, para não roerem, arranharem ou quebrarem objetos e móveis. Seja paciente e deixe-o com muitos brinquedos!

- Lembre que todo bichinho precisa de visitas periódicas ao médico veterinário, de atenção e carinho. Não basta dar só comida e água, é necessário dar amor;

- Esteja consciente de que todo animal faz xixi e cocô. Verifique quem vai se responsabilizar pela limpeza da caixa de areia do gato ou do local escolhido por seu cão;

- Animais não podem ficar ao relento, passando frio ou calor. Se ele for ficar no quintal, você terá que providenciar um abrigo fresco no verão e quentinho no inverno. Também não é correto deixar o animal preso ou acorrentado. Animais precisam de espaço, carinho e exercícios;

- Mesmo morando em apartamento, a lei lhe garante o direito de ter animais de estimação. Você só tem que tomar cuidado para não incomodar os vizinhos;

- Considere adotar um segundo animal. Bichos que têm companhia de outros animais são mais seguros e felizes, raramente têm depressão ou tristeza, brincam e se divertem sem ficarem dependentes dos humanos.

Depois de adotar:

É uma delícia levar um bichinho pra casa, mas é preciso cuidar muito bem dele. Mas as alegrias que seu amigão vai trazer para sua vida compensam qualquer trabalho que ele possa dar, não é? Então tire uns minutinhos para ler essas dicas:



- Assim que o seu amigão chegar em casa, coloque imediatamente uma plaqueta com seu nome e o seu telefone na coleira dele. Se por infelicidade ele algum dia fugir e se perder, será facilmente devolvido a você;

- Pesquise a legislação de sua cidade e, se necessário, faça o RG do animal no Órgão Público Responsável. Com isso, caso algum dia ele seja apreendido pela carrocinha, você será avisado;

- Caso seu bichinho ainda não tenha sido esterilizado, providencie a esterilização o mais rapidamente possível. Dessa forma, você evitará crias indesejadas e estará contribuindo para pôr um fim ao ciclo de abandono de animais;

- É necessário colocar telas de proteção em janelas, áreas de serviço e varandas de apartamentos para evitar quedas fatais ou que provoquem ferimentos muito sérios;

- Mantenha o animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua, principalmente se for sem supervisão de um humano adulto;

- Para os cães, passeios são fundamentais. Mas atenção: só permita que eles saiam de casa acompanhados por uma pessoa responsável. O bichinho deve usar coleira com identificação e guia. A pessoa que conduzir o animal precisa ter força para contê-lo, se ele for de porte grande. Ao passear em vias públicas, recolha e jogue o cocô no lixo;

- Gatos não precisam fazer passeios na rua. Eles vivem muito bem dentro de casa ou do apartamento. Caso tenha que sair de casa com seu gato, use a caixinha de transporte. As ruas urbanas são muito perigosas para gatos soltos e desacompanhados, eles podem ser atropelados ou envenenados. Se você mora em casa, veja a possibilidade de colocar telas de proteção nos acessos para a rua;

- Forneça água, alimento balanceado, abrigo contra o calor, frio e chuva. Jamais deixe seu animal preso e/ou acorrentado;

- Banhe, escove e exercite o animal periodicamente. Gatos de pêlo curto não necessitam de banhos constantes;

- Leve o animal regularmente ao veterinário;

- Mantenha em dia a vermifugação e a vacinação;

- Zele pela saúde psicológica do animal. Dê-lhe atenção, carinho, estímulos e ambiente adequado;

- Se necessário, eduque o animal por meio de adestramento, mas sem agressividade e respeitando suas características comportamentais. Recompensas funcionam melhor que castigos;

- Eduque as crianças para respeitar o amigão da casa. Não as deixe bater, morder, chutar, torcer, puxar ou jogar o animal contra paredes, de escadas e de janelas. Muitos animais que ferem crianças foram agredidos primeiro e só estavam se defendendo. Dê um ótimo exemplo e não maltrate seu animal;

- Quando for viajar para lugares onde não é possível levá-lo com você, deixe-o com um parente ou amigo ou peça que cuidem dele na sua ausência. Em último caso, leve-o em um bom hotel, onde não fique confinado e receba atenção;

- Nunca abandone nenhum animal. Ele corre o risco de sofrer todos os tipos de maus-tratos na rua, como espancamento, mutilações, envenenamento, queimaduras... Ele sentirá frio, fome e sede. Ele poderá ser atropelado, ficar ferido, doente, sentir dor, medo, tristeza...

Extraído do site:
http://www.queroumbicho.com.br/dicas.htm

Meditação muda estrutura do cérebro, diz estudo


De olhos fechados, em silêncio e, de preferência, sentados, os praticantes da meditação de atenção plena devem se concentrar em apenas uma coisa: a respiração.

A técnica é antiga, da tradição budista, mas começou a ser mais difundida depois de ter sido usada em um curso não religioso de redução de estresse, criado em 1979 por Jon Kabat-Zinn, professor da Escola Médica da Universidade de Massachussets.

Os benefícios da técnica, conhecida também como "mindfulness", já foram relatados em vários estudos.

A lista vai da melhora de sintomas de esclerose múltipla (como diz estudo publicado na "Neurology") à prevenção de novos episódios de depressão (demonstrada em artigo na "Archives of General Psychiatry").

Mas, agora, um estudo mostra, pela primeira vez, os efeitos provocados por essa meditação no cérebro.

A pesquisa, publicada hoje na "Psychiatry Research: Neuroimaging", foi feita pela Harvard Medical School, nos EUA, em conjunto com um instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets.

E o mais importante: as mudanças ocorreram em apenas oito semanas de meditação em praticantes adultos iniciantes.

As conclusões foram feitas após comparações entre as ressonâncias magnéticas dos que praticaram a meditação e de um grupo-controle que não fez as aulas.

Outros estudos já haviam sugerido que a meditação causa mudanças no cérebro. Mas eles não excluíam a possibilidade de haver diferenças preexistentes entre os grupos de meditadores experientes e não meditadores.

Ou seja, não era possível afirmar se os efeitos eram causados pela prática.

MENOS ESTRESSE

Todos os 16 participantes da pesquisa, com idades de 25 a 55 anos, deveriam obedecer a um critério: não ter feito nenhuma aula de meditação "mindfulness" nos últimos seis meses ou mais de dez aulas em toda a vida.

Eles frequentaram oito encontros semanais, com duração de duas horas e meia.

Também foram instruídos a fazer 45 minutos de exercícios diários e a praticar os ensinamentos da meditação em atividades do dia a dia, como andar, comer e tomar banho.

Para avaliar as mudanças, todos os participantes e o grupo-controle fizeram ressonâncias magnéticas antes e depois do período de aulas.

Os exames iniciais não indicaram diferenças entre grupos, mas as ressonâncias feitas após o curso mostraram um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo esquerdo naqueles que haviam meditado.

Análises do cérebro todo revelaram mais quatro aumentos de massa cinzenta: no córtex cingulado posterior, na junção temporo-parietal e mais dois no cerebelo.

BENEFÍCIOS

Britta Hölzel, pesquisadora da Harvard Medical School e uma das autoras do estudo, disse à Folha que isso pode significar uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse.

O aumento da massa cinzenta no hipocampo é benéfico porque ali há uma maior concentração de neurônios, afirma Sonia Brucki, do departamento científico de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.

"Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar."

Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.

No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas.

Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas?

"Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki.

Ela ressalta, no entanto, que a idade média dos participantes da pesquisa é baixa e, por isso, não dá para afirmar com certeza que isso acontecerá com pessoas de todas as idades.

Agora, a pesquisadora Britta Hölzel quer entender como essas mudanças no cérebro estão relacionadas diretamente à melhora da vidas das pessoas.

"Essa é uma área nova, e pouco se sabe sobre o cérebro e os mecanismos psicológicos relacionados a ele. Mas os resultados até agora são animadores."

Para realizar nossos desejos precisamos reconhecer nossas necessidades


Por que nossos desejos nos parecem tão inalcançáveis? Porque não soubemos atender às nossas necessidades...
Quando não reconhecemos nossas necessidades, corremos o risco de não estabelecer os limites reais entre o que podemos e queremos oferecer.
Em geral, temos dificuldade para discernir a diferença entre necessidades e desejo.

Desejo é a motivação de manifestar algo, seja interno ou externo a nós, que nos proporciona prazer e satisfação. Já as necessidades são todas as condições que precisamos adquirir e amadurecer para que nossa motivação possa se manifestar de modo estruturado. Neste sentido, para conquistarmos o que quer que seja, interior ou exteriormente, temos antes que primeiro adquirir uma base sólida.

No entanto, na maioria das vezes, passamos por cima de nossas necessidades pois cremos que basta seguir nossos desejos para encontrar a felicidade.
O problema é que sem atender nossas necessidades não teremos condições reais para sustentar a manifestação de nossos desejos!

É como a construção de uma casa: primeiro, temos que analisar as condições do terreno, construir uma boa fundação, para depois ver a casa de nossos sonhos sendo construída... Caso contrário, estaremos construindo um castelo de areia.

Muitas vezes, associamos o fato de reconhecermos aquilo que nos falta como um sinal de carência, fraqueza e vulnerabilidade. Se tivermos uma autoimagem baseada no condicionamento de que somos insuficientes para enfrentar as adversidades, iremos naturalmente evitar olhar de frente o que nos falta. No entanto, isso é um erro de interpretação. Perceber nossas necessidades é apenas o primeiro passo do processo de autorrealização.

O perigo de nos sentirmos envergonhados de nossas necessidades é que acostumamos a escondê-las de nós próprios e dos outros. Desta forma, com frequência dizemos: "Não se preocupe comigo" (o famoso "tudo bem"). Associamos à ideia de que nossas necessidades podem incomodar os outros. Declaramos de que "não precisamos de nada" devido ao medo de nos tornamos um peso extra e sermos rejeitados. Afinal, quem nunca "dá trabalho" não corre o risco de ser excluído...

No entanto, desta forma, o feitiço se volta contra o feiticeiro. Poderemos não ser excluídos, mas seremos facilmente vítimas de abusados, pois nossas necessidades não serão reconhecidas e muito menos atendidas!

Nós mulheres, porque escutamos várias vezes o conto da Cinderela, aprendemos desde pequenas a associar a ideia de que precisamos primeiro sofrer para depois termos momentos de prazer. Afinal, Cinderela só poderia ir ao baile depois que tivesse cumprido todas as ordens de suas irmãs.

Mas, se reconhecermos essas irmãs como um símbolo de nossas necessidades internas, a coisa muda de figura. Atender às nossas necessidades é um dever que temos para conosco. Ou seja, ao "escutar as ordens de nossas irmãs", estaremos simplesmente atendendo às exigências que surgem diante de um processo de realização.

Neste sentindo, cumprir nossas obrigações deixa de ser um fardo para se tornar parte do processo de amadurecimento das condições necessárias para manifestar nossos desejos.

Seguir nossos desejos sem ter revisto nossas necessidades é uma forma de autodestruição. Pois, sem atender nossas necessidades, não somos capazes de sustentar nossos desejos.

Por exemplo, podemos ter o desejo de subir o Everest (substitua-o mesmo por algo que você queira muito), mas se ao começarmos a subir a montanha não nos dermos conta de que não temos os sapatos adequados, estaremos fadados ao fracasso.

Voltar para trás em busca de melhores condições não quer dizer desistir do desejo de subir a montanha, mas, simplesmente, compreender que nossas necessidades vêm em primeiro lugar!

Fazer esforço com perseverança faz parte de nossas conquistas, mas se passarmos por cima de nossas necessidades esse sofrimento se tornará inútil.

Precisamos aprender a considerar nossas necessidades como algo precioso e de grande valor ao invés de associá-las a uma condição de fraqueza ou insuficiência.

Nossas necessidades possuem um valor de moeda de troca importante em nossos relacionamentos. Afinal, para atender as necessidades alheias precisamos incluir também as nossas necessidades para ajudá-los!

Imagine a seguinte situação: você está apaixonada e seu amor pede que o leve ao aeroporto às 5:30h da manhã, pois passará seis meses fora do país. Sem hesitar, você diz que sim. Em seguida, ele a convida para jantar fora no restaurante de que você mais gosta. Imediatamente, você aceita. Vocês voltam para casa tarde, depois de alguns copos de vinho e acordam cedo para ir ao aeroporto. Depois, no caminho para o trabalho, você começa a sentir o cansaço tomando conta de seu corpo e sua mente. Triste com a despedida e irritada com a falta de sono, passa o dia distorcendo a realidade devido ao seu mau humor. As consequências desta empreitada mal elaborada virão à tona uma hora ou outra...

O fato é que desta forma você foi ao baile sem ter arrumado sua cozinha... Ao seguir impulsivamente o desejo de agradar seu namorado, deixou de se autopreservar. O hábito de agradar ao outro a qualquer custo faz com que as suas necessidades não sejam vistas.

À medida que aprendemos a atender às nossas necessidades diante das necessidades alheias, passamos a ter relacionamentos mais saudáveis. Pois, livres do fardo de corresponder às expectativas alheias como ordens inquestionáveis, passamos a nos sentir recompensados pelos benefícios de cuidarmos de nós mesmos.

:: Bel Cesar ::

Mais Difícil


Depois que realizamos uma varredura em nossos valores e descobrimos o que não nos serve mais para a vida atual, é preciso que se inicie o processo de mudança. Os textos anteriores, 'Alfabeto da Mudança', 'Observar-se' e 'Se Observar' nos fornecem informações suficientes para podermos avaliar nosso estágio atual.
Precisa ficar claro, portanto, que Mudar significa Agir.
Nas Leis Universais tem uma que é fantástica: nada que ignoremos em uma vida, nos é cobrado e não precisaremos responder se cometemos equívocos.

Porém, não podemos alegar desconhecimento sobre o que sabemos, ou dar a famosa desculpa: Olha, eu esqueci...
O Cosmos e as Leis do Universo não esquecem.
Desta forma, é muito importante que tenhamos plena consciência do que faremos com o conhecimento que temos...
Já cruzei com muitas pessoas que estudam, lêem, são ávidas de conhecimento e não percebem que continuam as mesmas em seus valores, e conseqüentes pensamentos e atitudes.

Aos poucos vão perdendo a vontade de viver, tornam-se depressivas, eremitas e logo começam a buscar os "culpados" pela situação em que se encontram.
É óbvio que eles nunca são os responsáveis. Querem, a qualquer custo, achar um "bode expiatório" para poderem jogar a culpa nele.
Eles nunca são os responsáveis...
Afinal, não são eles que dormem, acordam, comem, resolvem fazer coisas, passeiam, sorriem, falam, andam, comentam, estudam, ficam ativos ou ociosos, enfim, decidem sobre o rumo de suas vidas.
Ora, não percebem, assim, que a vida é Causa (sempre somos nós que criamos) e Efeito (retorno daquilo que plantamos).

Na realidade, a maioria foi treinada e acredita que tudo acontece porque um ser supremo assim quer. MENTIRA. Tudo acontece porque nós fazemos acontecer. Nós tomamos atitudes. Nós manifestamos nossa vontade.
Não adianta errar, achar que alguém vai nos perdoar e assim estaremos aptos para em seguida errar novamente...
Portanto, é fundamental termos consciência de que há uma coisa em nossas vidas que dinheiro nenhum consegue comprar:
A EVOLUÇÃO DE NOSSA ESSÊNCIA.
Isso posto, depois que analisarmos os nossos valores e descobrirmos que alguns não nos servem mais.
Evoluímos, portanto.

Demos alguns passos a nosso favor e atualizamos nossa mente.
Na sequência, vem a tarefa mais difícil: MUDAR.
Todos buscam mudar, mas se esquecem que neste processo é preciso MATAR, eliminar, hábitos e vícios que nos acompanham dias, meses e anos a fio...
É muito difícil. É tremendamente complicado este processo porque facilmente confundimos energia com matéria. Na matéria, as coisas são imediatas. Compramos, levamos, usamos e pronto. Feita a mudança.
Não se pode desanimar com os tropeços que fatalmente virão, afinal, levamos uma vida inteira errando e não podemos achar que mudar acontece de uma hora para outra. Exige muito esforço.
No processo que envolve ENERGIA é muito mais complicado. Mais que uma simples safra de soja ou milho. Não se trata de escolher a terra, adubar, semear, esperar que chova, aguardar crescer e depois colher.
No processo de mudança que envolve energia, temos inúmeras variáveis que precisam ser consideradas.

Em energia, o tempo é efêmero.
Em energia, o que o outro ser humano pensa atrapalha.
Em energia, contar para os outros ajuda a atrasar a mudança.
Em energia, a dúvida é pior que cupim na madeira.
Em energia, crer é fundamental.
Em energia é preciso ter fé para se conseguir.
Em energia o "segredo" é manter segredo. Portanto, azar das comadres e compadres.
Por isso que o ser humano que se posiciona como vitima dificilmente consegue crescer. Ele tem um carro a gasolina e abastece com álcool.
Poderíamos acrescentar mais exemplos, mas cada caso é um caso. Como o meio em que o ser vive e a família em que ele escolheu nascer. Não há regra geral. A evolução é singular.

Exemplos genéricos não resolvem, cada um tem que buscar em suas atitudes passadas.
Tá ruim? Olhe para trás e perceba onde errou.
Quer mudar? Comece, então, a maior batalha de sua vida...
Terá que derrotar seu maior inimigo:
Você mesmo... Com seus hábitos e vícios que já não lhe servem mais.
Isso é muito complicado, porque você foi adestrado a obedecer um super ser. Tem que perder esta muleta para aprender a tomar suas próprias decisões.
Porém sempre há um alento:
"A experiência pessoal é o nosso melhor MESTRE".

Sei que nos veremos... diferentes, porém.

Beijo na alma

: Saul Brandalise Jr. ::

O perdão - Como entender e aplicar essa máxima de Jesus.


Muitas pessoas afirmam que já perdoaram um desafeto. Na verdade, decidiram entregar o caso a Deus, afastar-se da pessoa, como se diz na gíria "deixar pra lá..." e tocar a sua vida, deixando o Tempo decidir o que é certo, o que é errado.

As pessoas boas de coração possuem a capacidade de aceitar as atitudes daqueles que lhes fizeram ou ainda fazem mal. Muitas vezes, elas são até incompreendidas por essa capacidade de amar e perdoar. São Espíritos mais antigos e elevados em seu grau de consciência e discernimento, e sabem que perdoar faz bem principalmente para si mesmos, que entendem que não vale a pena permanecer aferrados a uma mágoa, a uma raiva, a uma aversão, pois é como um veneno que se ingere diariamente e que vai destruindo os pensamentos, os sentimentos e o corpo físico de quem costuma permanecer remoendo fatos passados.

Outras pessoas dizem que querem perdoar alguém, mas acham isso impossível, e que apenas um Ser Superior como Jesus poderia perdoar. São Espíritos em um grau um pouquinho menos elevado de consciência, mas que já têm a suficiente elevação para querer perdoar, já entenderam que o beneficiado maior é quem perdoa, conhecem as Leis Divinas da atração pelos cordões energéticos e até levantam a possibilidade de, em encarnações anteriores, terem agido mal, prejudicado, o atual "vilão".

Outros dizem que não querem perdoar um inimigo porque têm razão na sua mágoa ou no seu ódio por essa pessoa. Não esquecem o que foi feito contra eles, ou o que deixou de ser feito, enfim, acreditam-se com absoluta razão para decretar que aquela pessoa é um vilão, que é mau, não merece seu perdão e terá de se entender com Deus.

Enfim, nessa questão de "Perdão", encontram-se as mais variadas opiniões, os mais diversos raciocínios, dependendo do grau de elevação espiritual da pessoa que sofreu ou sofre um mal. Se somos um ser espiritual com no mínimo 500.000 anos de existência mais as poucas décadas da nossa persona atual, como é arriscado ter uma opinião firmada a esse respeito... Quando alguém sente mágoa ou raiva do seu pai ou de sua mãe, pelo que lhe fez ou deixou de fazer, na sua infância, como pode afirmar estar certo, ter razão nesse sentimento, se não lembra de duas questões importantíssimas, a seguir:

1. Por que seu Espírito "pediu", em outras palavras, por que necessitou desse pai ou dessa mãe?
2. O que pode ter feito para ele(a) em encarnações passadas de igual ou pior teor?

Se a mágoa ou a raiva é em relação a seu marido ou ex-marido, sua esposa ou ex-esposa, outro familiar, um amigo que lhe traiu, lhe enganou, enfim, um acontecimento durante a vida, se pensar nessas mesmas duas questões, poderá afirmar com convicção que tem razão?
Somos um ser, que chamamos de Espírito, muito antigo, vivemos centenas ou milhares de encarnações; todo esse tempo, tudo o que aconteceu, o que fizemos, o que nos fizeram, guardado dentro do nosso Inconsciente, apenas lembramos dessa vida atual, poucas décadas de vida... vocês não acham extremamente arriscado decidir coisas como "Não vou perdoar!", "Ele(a) me fez(faz) mal, sou(fui) sua vítima!", "Ele(a) não merece perdão!"...

No Mundo Espiritual, existe algo que na Terra ainda não existe: o Telão. Quando voltamos para Casa, durante a nossa permanência no período intervidas, em um certo momento, somos chamados a assistir um filmezinho de nossas vidas passadas, o que fizemos, o que não fizemos, como éramos, e, ao contrário da Regressão Terapêutica realizada por nós aqui na Terra durante um tratamento de Psicoterapia Reencarnacionista, no qual é vedado incentivar o reconhecimento de pessoas no passado, lá, nessa sessão de Telão, os Mentores oportunizam esse reconhecimento, tanto da "vítima" como do(a) "vilão(ã)", e o resultado dessa viagem no tempo é uma cena chocante de arrependimento, de vergonha e de frustração, por não termos, na vida encarnada anterior, alcançado o que havíamos proposto a nós mesmos:

o resgate e a harmonização com aquele Espírito que sabíamos iríamos encontrar aqui na Terra, para fazermos as pazes, e, pelo contrário, mantivemos a nossa tendência anterior, arcaica, de nos magoarmos, de odiarmos, de sentirmos aversão a ele. E nesse momento, quando a verdade está ali, escancarada à nossa frente, percebemos que perdemos uma grande oportunidade de nos reconciliarmos com aquele antigo desafeto e, com isso, elevarmos o nosso grau espiritual e, com bastante freqüência, nos redimirmos do que havíamos feito a ele, até pior, em encarnações passadas.

Muitas vezes, por trás do hábito de fumar, beber, usar drogas, encontra-se mágoa, rejeição, raiva e, então, é muito importante trazer essa mensagem, de que é extremamente perigoso julgar alguém, condenar-se uma pessoa, decretar quem é o vilão e quem é a vítima, considerando que 20, 30, 40, 50 anos de vida é muito pouco tempo, comparado com milhares e milhares de anos, que é a idade do nosso Espírito.

Em um tratamento com Psicoterapia Reencarnacionista, do qual faz parte as "sessões de Telão", realizadas pelo terapeuta, mas totalmente comandadas pelos Mentores Espirituais das pessoas, é relativamente freqüente encontrar-se depois da visita às encarnações mais recentes, vidas mais anteriores em que se trocam os papéis, e a atual "vítima", descobre-se um "vilão" e o atual "vilão" como sua vítima... E a pessoa que fumava, bebia, usava drogas, para amenizar a sua mágoa, acalmar a sua raiva, para vingar-se ou para agredir o "vilão" (muitas vezes o seu pai ou sua mãe), o que faz agora com essa descoberta?
Pode-se fazer duas coisas:

1. Aguardarmos a morte do nosso corpo físico e o nosso desencarne e assistirmos as sessões de Telão no Mundo Espiritual e nos encaixarmos na estatística oficial de 99% de frustrações, arrependimentos e vergonha.

2. Assistir essas sessões aqui, durante a encarnação, quando ainda estamos "vivos" e podemos, pela mudança radical do nosso raciocínio, perceber o nosso erro de interpretação, e resolvermos reavaliar completamente a nossa infância e a nossa vida, substituindo a "versão persona" da nossa história pela "versão Espírito", e, com isso, amenizarmos os nossos sentimentos inferiores, elevarmos o nosso grau espiritual e nos reconciliarmos com antigos desafetos que "pedimos" para reencontrar.

E quando deixamos de nos sentir "vítimas" nem precisamos mais perdoar, precisamos é pedir perdão pelo que fizemos em nosso passado para o(a) atual "vilão(ã), e que Deus, em Sua Absoluta Justiça, nos presenteou com esse reencontro. Essa mudança de raciocínio, esse novo tipo de enfoque, essa abertura para a verdadeira história de conflito entre Espíritos há séculos digladiantes, opera verdadeiros milagres, pois ao invés de sabermos disso apenas lá em cima, para deixarmos para a próxima encarnação (quando provavelmente erraremos novamente...),

podemos fazer isso agora, já, aqui na Terra, nessa encarnação mesmo, acertando o nosso rumo, retificando o nosso pensamento e sentimento, e aproveitando a atual encarnação para alcançarmos o crescimento espiritual há tanto tempo almejado e também adiado. E, então, pedir perdão a Deus e ao(a) vilão(ã) e seguir nosso caminho, como aconselhou Jesus: "Vá e não peques mais!"

Mauro Kwitko

Não desista. Insista. Você consegue!


Os desafios estão presentes em nosso dia-a-dia. Desde o dia de nosso primeiro alento, quando iniciamos a jornada com nosso corpo físico independente daquele de nossa genitora, iniciamos um longo período de desafios. Precisamos lutar muito para sobreviver, apesar de nem sempre termos consciência disso. Porém, na medida em que iniciamos nossa caminhada, encontramos obstáculos de todo tipo que atrapalham o pleno aproveitamento do percurso.

Os primeiros e os mais importantes obstáculos são representados principalmente pelo condicionamento decorrente do convívio dentro do ambiente doméstico. Não nascemos numa determinada família 'por acaso'. Escolhemos o ventre materno, os parentes e próximos, e também o ambiente social e cultural, num momento cósmico preciso e exato, determinante para cumprir a nossa grande tarefa: continuar a evolução espiritual através das experiências que escolhidas previamente por nosso espírito.

Esta afirmação é decorrente da premissa de que nós acreditamos no ciclo das reencarnações como sendo o caminho natural 'de volta para a casa do Pai'. A precipitação do espírito na matéria, ou seja, a sua cristalização (fruto da necessidade de construir para si uma realidade material que astrologicamente é representada pelo planeta Saturno) promove como conseqüência a procura natural do retorno para a casa. Se percorremos o caminho de 1 a 10 para chegar até o mundo material, precisaremos percorrer o caminho de 10 a 1 para chegar de volta à nossa origem. De Keter a Malkuth, e de Malkuth a Keter.

A Árvore da Vida, verdadeira Árvore do Bem e do Mal da qual fala a Bíblia, nos mostra o caminho do retorno na medida em que, através de sua simbologia, pode nos abrir os olhos sobre as necessidades escolhidas pelo espírito em cada encarnação. Por 'necessidade' entendo os eventuais obstáculos e armadilhas que estarão em nosso caminho, mas também as necessidades do próprio corpo físico pelo qual estaremos aprisionados. Os meios que teremos à disposição, ou seja, os talentos com os quais encarnamos, precisarão ser bem utilizados, caso contrário, perderemos uma encarnação inteira, desperdiçada em viver somente pela própria sobrevivência da nossa espécie animal. Comer, transar, dormir, respirar, sentir prazer e satisfação, etc. etc., são todas atividades do corpo vegeto-animal, que nos é fornecido como meio físico. Porém, o espírito possui outras necessidades das quais precisamos tomar consciência. O espírito precisa evoluir para voltar para a Casa do Pai! E nós devemos lhe fornecer os meios.

Porém, nem conseguimos entender com clareza quais as reais necessidades de nosso espírito e, por essa razão, nos sentimos intimamente insatisfeitos, como que perdidos pelo caminho, apesar de satisfazer muitas vezes todas as necessidades do nosso corpo físico. Existem momentos quando até as conquistas mais felizes nos parecem sem sentido, e o que dizer então dos obstáculos? Muitas vezes nos perguntamos: "Por que isso acontece comigo?" "Por que razão preciso passar por isso?" E então nos parece que 'Deus' (ou alguma força oculta) se opõe entre nós e a nossa felicidade. Na realidade, nem Deus, nem o Cosmos e nem nenhuma outra força oculta conspira para impedir nossa evolução.

Somos nós mesmos que criamos nossos 'fantasmas interiores', e atraímos em nosso caminho aqueles obstáculos de que necessitamos para nossa evolução. Não me canso de afirmar que até mesmo os acidentes e principalmente as doenças são experiências atraídas (se não criadas) por nossa própria mente para suprir uma necessidade de nosso espírito! Por trás de cada dificuldade existe uma 'mensagem secreta'. "O que eu preciso aprender agora?" deveria ser a pergunta a ser feita diante de um obstáculo! E, quando ao longo de nossa vida, encontramos repetidamente o mesmo tipo de dificuldade é porque necessitamos exatamente daquelas provas para evoluir! Devemos, então, persistir e continuar o aprendizado, e não desistir!
Porém, muitos de nós, ao perceberem as reincidências daquelas dificuldades que acreditavam superadas, perdem as esperanças e desistem. Desistir será sempre um grande erro porque nos obrigará a 'repetir de ano'. Pelo contrário, a profunda compreensão do processo de aprendizado poderá nos libertar pouco a pouco dos grilhões que nós mantém amarrados no processo das reencarnações!

Reconheço que certas tarefas podem nos assustar, nos confundir. Neste caso, precisaremos de algum tipo de ajuda. As várias terapias de cunho espiritualizado e energético amplamente divulgadas no mundo atual,(especialmente em nosso portal STUM) nos oferecem ferramentas poderosas às quais podemos recorrer em caso de necessidade. Essas terapias provêm de varias culturas, são fruto de um aprendizado milenar, e são um aprendizado precioso para superar nossos obstáculos, e sobretudo, aqueles obstáculos criados por nossa própria mente.

Os condicionamentos familiares e sociais acontecem exatamente com este intuito maior: o de nos procurar aquelas dificuldades das quais necessitamos por nossa própria evolução. Ninguém nasce de um determinado jeito (com um determinado Mapa Astral) por puro acaso! Não existe o 'acaso' no universo. Tudo corresponde a um desenho maior, a um projeto da Grande Mente. Não duvidem disso!

O aprendizado conseguido com o conhecimento oferecido pela astrologia (tradicional, cabalística, reincarnacionista, etc) é certamente muito útil para nos ajudar a percorrer com mais segurança nosso caminho evolutivo. Lembremos que o autoconhecimento deve ser "meta de vida" e, portanto, deve perseguido ao longo de toda a nossa existência. Nunca paramos de aprender! No entanto, muitas vezes paramos diante de um obstáculo e não conseguimos continuar.

Não acreditamos em nós mesmos, pensamos em nossos fracassos anteriores, e então.... desistimos! E continuamos a viver infelizes ou insatisfeitos, sentido um vazio enorme dentro de nós que não conseguimos explicar racionalmente! Nesses momentos difíceis, quando pensamos em desistir, em parar, em largar tudo.

:: Graziella Marraccini
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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mudar mesmo quando não acreditamos na mudança


Todos nós sabemos o quanto é difícil mudar de atitude, mesmo que isso implique em seguir um caminho melhor.

O cérebro percorre automática e velozmente os caminhos neuronais já formados há muito tempo. Por isso, fazer o que nos é habitual é tão fácil. Mas quando se trata de formar um novo caminho neuronal, uma nova sinapse, é preciso tempo e esforço para seu aprendizado. É como quando aprendemos a dirigir. Primeiro, temos que prestar atenção em todos os detalhes, depois dirigimos sem ter de pensar no que estamos fazendo.

Assim também ocorre com as atitudes mentais, quando pensar e reagir de um determinado modo torna-se familiar e nossa reação é automática. Por exemplo, o hábito de sentir-se alvo de ataques externos. Por termos vivido muitas vezes agressões em relação à nossa pessoa, conhecemos o papel do bode expiatório. No entanto, nem sempre estamos sendo atacados, mas facilmente nos sentimos alvo das agressões alheias... Identificar quando isto está de fato ocorrendo e nosso hábito de nos sentir atacados é a primeira tarefa do autoconhecimento. A segunda se trata de aprender a sair cada vez mais rápido do campo de batalha! Seja ele real ou imaginário...

Pema Chödrön comenta numa palestra sobre Felicidade (veja True Happiness em www.amazon.com) sobre três estados que nos encontramos diante das mudanças.

O primeiro é quando já compreendemos que uma atitude mental nos faz mal, então, saímos dela automaticamente. O segundo, quando já sabemos que nos faz mal, mas estamos parcialmente convictos de que somos capazes de mudar e, a terceira, quando sabemos que nos faz mal, mas acreditamos ser impossível mudar.

No primeiro estado, deixar de agir de um modo negativo já não exige mais esforço, pois se tornou uma escolha. Como desistimos de nos torturar, de nos sentirmos frustrados diante de certa atitude mental, toda vez que ela vem à tona naturalmente a identificamos e buscamos saídas efetivas para deixá-la.

Por exemplo, o ressentimento. Toda vez que percebemos que estamos ressentidos, lembramos de escolher deixar essa postura de nos sentirmos prejudicados. Esta lembrança é a sabedoria intuitiva que nos diz: Procure uma saída, dê um salto, caia fora.

No segundo estado, apesar de estarmos convictos de que determinada atitude mental é negativa, nos sentimos propensos a permanecer nela. Seja porque ainda temos a esperança de tirar algum proveito desta postura ou porque nos sentimos tão familiarizados com ela, isto é, ela faz tão parte de nós, que duvidamos se somos capazes de mudar.

Facilmente nos encontramos presos neste estado, pressionados pela expectativa de sermos quem idealizamos ser e a realidade na qual nos encontramos.

Podemos já ter entendido que cultivar a atitude de que deveríamos ou poderíamos fazer isso e aquilo nada adianta, se não a colocarmos em prática. Viver em constante estado condicional nos leva a nos distanciar de nós mesmos! Afinal, quando estamos sob a custódia de idealizações exigentes, deixamos de nos sentir reais para nós mesmos!

Mas, apesar de já saber que de nada ajuda nos culparmos, nos colocarmos para baixo, ainda não temos a capacidade de mudar.

Neste segundo estado mental, a saída encontra-se em buscar o caminho do meio: nem nos exigir demais, nem nos denegrir. Assim, este estado de meia confiança pode tornar-se um possível ponto de partida. Nele, começamos a desenvolver a autocompaixão. Deste modo, tornamo-nos mais flexíveis e empáticos em relação a nós mesmos e aos outros. Lenta, mas, suavemente, o caminho obstruído começa a se abrir.

Pema Chödrön ressalta que neste momento é importante lembrar que não importa se nos consideramos merecedores ou não da mudança, porque a escolha de mudar não é uma questão moral baseada no julgamento de ser ou não merecedor de felicidade, mas sim da escolha de melhorar e progredir, isto é, de dar o salto.

Por fim, temos o terceiro estado: quando entendemos que a mudança é necessária e poderia nos trazer algo positivo, mas, simplesmente, não acreditamos sermos capazes de mudar.

Ficamos presos neste estado enquanto ainda acreditamos que esta atitude vai nos trazer algum benefício, mesmo que passageiro. Há algo que nos conforta diante da idéia de não termos que nos esforçar para mudar. Desta forma, enquanto não nos sentirmos angustiados, iremos permanecer tal como estamos. No entanto, inevitavelmente, uma hora ou outra, seremos tocados pela dor de tal atitude mental negativa. Então, cada vez que nos sentirmos novamente desesperados, estaremos mais descrentes que podemos encontrar uma saída. É um círculo vicioso: sofremos, nos acomodamos com o sofrimento e sofremos novamente, mais e mais...

Por isso, não vale a pena cultivar este terceiro estado. Uma maneira de passar deste estado sem saída, para o segundo -o da meia confiança- é reconhecer os momentos, mesmo que fugazes, de bem-estar.

O antídoto é a autocompaixão: despertar o desejo de se resgatar do próprio sofrimento. Assim, gradualmente nos tornamos receptivos para receber ajuda, seja alheia ou de nós mesmos, isto é, quando reconhecemos que temos recursos internos que não estávamos usando.

Mesmo sendo difícil mudar um padrão negativo, não nos resta outra escolha se não quisermos continuar sofrendo!

Não estamos condenados a sofrer para sempre. Aliás, a única virtude da negatividade é que ela também é impermanente!

: Bel Cesar ::

O poder da Visualização


“ Quando você visualiza, você materializa”. Quem de nós atualmente não ouviu esta frase dita no livro the secret, pelo
Dr. Denis Waitley?

A visualização aliado ao seu objetivo, com certeza tem o poder para trazer o desejado muito mais rápido. Acreditando você ou não, as pesquisas mostram que as pessoas que utilizam deste método para conseguir alcançar os seus objetivos têm uma chance muito maior de realização.
Isso acontece porque a nossa mente não consegue distinguir o real do imaginário. No momento em que você esta visualizando ter aquele carro novo, ter o dinheiro de que precisa, comprar uma bela casa, encontrar a sua alma gêmea, a sua mente não consegue discernir se é real ou imaginário, ou seja, se você esteve la em mente, também estará em corpo.

Foi feita uma pesquisa, pelo próprio Dr. Denis Waitley, também citada no livro the secret, chamada de Pesquisa Motor Visual. Eles pegaram atletas olímpicos e pediram que disputassem as provas apenas na mente, e os ligaram em equipamentos de biofeedback (é método de treinamento psicofisiológico que se utiliza de equipamentos eletrônicos para coleta de dados).

Os resultados das pesquisas foram os esperados, os mesmos músculos foram usados na mesma seqüência enquanto eles disputavam a prova e quando corriam na pista. Isso já resumiu todas as afirmativas, conclusões, estudos e pesquisas sobre o assunto. Realmente funciona. E agora mais como usar isto a nossa favor?

1. Concentração: Quando estiver visualizando o seu objetivo em sua mente, única e exclusivamente veja o resultado final deste objetivo. Você deve estar totalmente concentrado e livre de pensamentos conflitantes que impedem a nossa concentração.

2. Movimento: As pesquisas recentes mostram que nós temos mais facilidade em imaginar as coisas, quando estão em movimento. Por exemplo, se você imagina comprar uma casa nova, imagine-se andando na cozinha, abrindo a geladeira… Procure imaginar seus objetivos sempre vinculados com movimentos, nada estático.

3. Detalhes: Procure estabelecer os maiores detalhes possíveis: Por exemplo, se você deseja comprar um carro novo, visualize a cor, número da placa, vidros, cor dos bancos, painel, volante, até a cor da de sua mão, que estará envolvendo o volante do seu carro novinho.

4. Pratique: Praticar a visualização é igualmente a aprender a andar de bicicleta, quando se aprende, nunca mais se esquece.

Um ótimo dia e muito SUCESSO!